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Foi com o nome de Pathé Cinema que esta sala situada na Rua Francisco Sanches abriu as portas em 1925. Apenas cinco anos depois, e por obrigações relacionadas com o aparecimento de um novo Regulamento dos Espectáculos, os seus proprietários fizeram várias obras no cinema. E foram tantas que decidiram mudar-lhe o nome para Imperial na reabertura. Após mais obras, em 1953, que o transformaram num dos melhores e mais modelares cinemas de bairro de Lisboa, apesar de ser de reprise, a sala foi demolida em 1957, juntamente com o prédio que a albergava, para no seu lugar surgir um novo Imperial, alargado ao edifício contíguo e completamente modernizado.
Até que em 1973, faz agora meio século, o cinema foi mais uma vez remodelado, regressando ao seu nome inicial de Pathé e passando a ser uma sala de estreia. Nos anos 80, e após a euforia do pós-25 de Abril, com o fim da censura e uma alta na frequência dos cinemas, o Pathé não escapou à enorme onda de fechos de salas em Lisboa, causada pela popularidade das telenovelas e pelo aparecimento do vídeo e dos clubes de vídeo, acabando por fechar em 1987, já em estado de avançada decadência.
O último fôlego do Pathé após ter exibido filmes durante mais de 50 anos, tomou a forma de uma discoteca, a Danceteria, bastante popular durante algum tempo na década de 90, mas que encerrou também. Continua devoluto desde então, apesar de um plano recente de transformação em hotel, gorado pelo aparecimento da pandemia. É uma das salas-fantasma mais antigas de Lisboa.
Coisas e loisas de outras eras:
+ A grande exposição de T.S.F. de 1930
+ Campião, a outra casa das lotarias