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O Francfort Hotel, “recomendado para famílias” e “preferido pelos africanistas”, fechou em 1978.
Desde a inauguração, nos últimos anos do século XIX, até ao fecho, em 1978, o Francfort Hotel do Rossio gozou sempre de uma aura de respeitabilidade, embora não tenha sido um estabelecimento de primeira classe desde o início. Primeiro, pela localização central, e depois por sempre se ter apresentado como um hotel familiar. Frases como “Especialmente recomendado para famílias” apareciam nas suas publicidades. Ou ainda “O preferido pelos africanistas”, para atrair a clientela do antigo Ultramar português, quando vinha a Lisboa de férias ou a negócios. Uma estratégia também usada pelo seu “irmão”, o Hotel Francfort, localizado na Rua de Santa Justa. Os dois hotéis foram, durante vários anos, propriedade dos irmãos Arthur e João Narciso da Silva.
O Francfort Hotel tinha ainda um restaurante no piso térreo, o célebre Irmãos Unidos, que ali se manteve até 1970. Comprado em 1917 pela empresa que detinha, entre outros, os Palace do Buçaco e da Curia, o Francfort tornou-se então um hotel de primeira classe. E nunca lhe sucedeu ter sido afectado por uma praga de ratos, ao contrário do “irmão”, que em 1910 se viu invadido por estes roedores, ao ponto de num só dia terem sido mortos 156. No entanto, em 1940, houve um grande incêndio nas suas águas-furtadas.
O quarteirão da Pastelaria Suíça, de que o Francfort fez parte, pertence hoje a um fundo de investimento espanhol.
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