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Vasco Santana era frequentador regular, fazendo lá longas e muito saboreadas refeições. Outros clientes conhecidos eram a fadista Hermínia Silva e o geógrafo e historiador Orlando Ribeiro, bem como figuras da política e da cultura. E Maria Severa Onofriana, a fadista que ficou para a posteridade como “A Severa”, cantou lá várias vezes. Estes são apenas alguns dos nomes famosos ligados a Lisboa que passaram pelo Retiro Quebra Bilhas, ali ao Campo Grande. Quando esta castiça casa de pasto foi inaugurada, em finais do século XVIII, a zona era quase só mesmo campo, hortas, quintas e palácios fidalgos, e ainda faltava algum tempo para a cidade lá chegar.
Devendo, segundo parece, o seu nome à alcunha do antigo cocheiro que o fundou, o Retiro Quebra Bilhas e o seu célebre quintalão, onde estavam instaladas mesas e cadeiras toscas, ficaram intimamente ligados à história do fado, que a partir de meados do século XIX começou a ser cantado nestes estabelecimentos de comes e bebes. Nesse século, o Quebra Bilhas, onde sempre se honrou a tradição culinária lisboeta, foi muito frequentado pelos estroinas e pelos amantes de touradas, que iam ver o espectáculo dos toiros a passar a caminho da Praça de Touros do Campo Santana, inaugurada em 1831 e demolida em 1891. Lá ensinou-se e praticou-se igualmente o jogo do pau. Este foi o único dos vários retiros da zona das hortas, fora de portas da cidade, a sobreviver quase até aos nossos tempos, já que esteve aberto até 2006.
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