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“No dia 19 de Fevereiro de 1939, foi adjudicada a uma firma de empreitadas de obras públicas a construção do viaduto que está sendo lançado sobre o Vale de Alcântara, entre os Sete Moinhos e a fronteira encosta de Monsanto e que servirá para lançar a entrada de acesso à auto-estrada Lisboa-Cascais. A obra foi adjudicada por 9796 contos (…).” Assim foi então anunciada na imprensa a construção do Viaduto de Duarte Pacheco, um projecto do engenheiro João Alberto Barbosa Carmona, baptizado com o nome do dinâmico ministro das Obras Públicas e Comunicações do Estado Novo, que morreria a 16 de Novembro de 1943, num acidente de viação.
A obra, mostrada ainda em estaleiro na fotografia desta página, acabou por custar 16.691 contos e foi inaugurada a 28 de Maio de 1944, já após o desaparecimento do engenheiro Duarte Pacheco. Inaugurou-se ao mesmo tempo a auto-estrada Lisboa-Estádio Nacional, futura Lisboa-Cascais, com dois quilómetros de extensão. O Viaduto de Duarte Pacheco mobilizou 4100 operários e era, à altura, um dos maiores da Europa, com 471 metros de comprimento, 24 de largura e 27 de altura. Tinha duas faixas de rodagem, de sete metros e meio de largura cada uma, separadas por uma faixa arrelvada de três metros, e ainda dois passeios laterais, também de três metros cada. Em 1965, foram feitas algumas alterações à estrutura, entre elas a eliminação do separador central.
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