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A partir do meio dos anos 50, a paisagem eminentemente rural e plácida dos Olivais foi alterada graças ao grande projecto de urbanização da zona.
Até meados dos anos 50, os Olivais eram um conjunto de quintas, campos de cultivo, casas, algumas indústrias e muitos olivais, claro. Por lá circulavam ainda carroças puxadas por cavalos e burros com as suas cargas. Tudo mudou a partir daquela data, e pela década de 60 dentro, graças ao projecto de Urbanização dos Olivais, que seguia os princípios da Carta de Atenas, o documento que definia um conceito de urbanismo moderno, saído do IV Congresso Internacional de Arquitectura Moderna, realizado na capital da Grécia, em 1933. A paisagem eminentemente rural da zona foi sendo transformada com a construção de modernos edifícios como o da foto desta página, do início dos anos 60, que formavam uma nova urbanização, dividida em Olivais Norte e Olivais Sul.
Entre os arquitectos envolvidos no projecto estiveram José Rafael Botelho, Celestino da Costa, Sommer Ribeiro, Nuno Portas e Nuno Teotónio Pereira e, para os espaços verdes, Ribeiro Teles e Ponces Dentinho. Pela primeira vez, o Prémio Valmor foi atribuído, em 1967, a um prédio de habitação com tipologia social, projectado por Teotónio Pereira e António Pinto de Freitas. A Piscina Municipal dos Olivais, com medidas olímpicas, foi inaugurada em 1967. E, no final, ficaram ainda de pé algumas oliveiras.