[title]
Nada de confusões: as ambulâncias dos CTT não levavam carteiros nem outros empregados dos Correios feridos ou doentes. Este era o nome que se dava, primeiro às carruagens de processamento e recolha de correspondência que faziam parte dos comboios em Portugal desde 1866; e depois, bastantes décadas mais tarde, às carrinhas (também chamadas auto-ambulâncias postais) que começaram a circular pelo país, permanentemente a partir de 1952.
Nos caminhos-de-ferro, as carruagens-correio (ou carruagens ambulâncias postais) permitiam a execução do serviço postal durante o trajecto, transportando uma equipa que podia ser até de sete funcionários dos CTT, e que recolhiam, manuseavam e processavam a correspondência. Os correios chegaram a ter cerca de 30 destas carruagens, cada vez mais modernas, práticas e confortáveis para os que nela viajavam a trabalhar, de dia e de noite.
O serviço de auto-ambulâncias postais surgiu em 1951, com bases em Lisboa e no Porto, para servir em especial (mas não só) zonas do interior do país em que não havia estações do correio, ou que o comboio ainda não atingia. Eram verdadeiras estações do correio sobre rodas, nas quais, além de entregar e receber correspondência, as pessoas podiam telefonar e enviar telegramas e aerogramas. Na foto desta página, podem ver-se algumas destas auto-ambulâncias junto aos Correios do Terreiro do Paço, na década de 50. Como se lia num dos folhetos então lançados pelos CTT para informação dos utentes, elas representavam “O Correio na estrada”. O serviço das carruagens ambulâncias postais foi extinto em 1972. O das auto-ambulâncias durou até aos anos 80.
Coisas e loisas de outras eras
+ Quando os padeiros levavam o pão a casa
+ O Viaduto de Duarte Pacheco em estaleiro