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O ano do porco, animal associado à abundância, está a ser celebrado no restaurante asiático do Topo, no Martim Moniz, com sete novos pratos da sorte até 17 de Fevereiro. Como no zodíaco chinês todos os anos são também influenciados por um de cinco elementos, há money bags para satisfazer a necessidade de bem-estar financeiro do Porco de Terra.
Segundo uma antiga lenda da mitologia chinesa, o Imperador de Jade, senhor dos céus e da terra, não tendo oportunidade para visitar o rés-do-chão dos seus domínios, convidou todos os animais a visitá-lo no seu palácio celestial. Feliz por terem acedido ao seu pedido, ofereceu a cada um dos presentes um ano do zodíaco chinês, de acordo com a ordem de chegada: Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Cabra, Galo, Macaco, Cão e Porco. No calendário oriental, 2019 representa por isso o fim de um ciclo, que se fecha com o Porco de Terra, favorável ao término de relações – excepto com o prazer de comer, razão por que o KIN celebra o Ano Novo Chinês com um menu especial, sem preço único para que possa provar o que quiser.
Não há vista para o castelo, já se sabe, mas ainda bem, porque o que se quer é a experiência imersiva de mergulhar na cozinha condimentada de um outro continente. Depois de se passar a porta adornada a néon vermelho, «Kin» – expressão para comer em tailandês – a letras iluminadas, é o dragão a decorar o tecto, de uma ponta a outra, (não interessa se é a primeira ou a décima quarta vez) a prender a atenção. Há pouco mais de um ano que a sala do Topo dedicada aos sabores da Ásia deslumbra na decoração, mas sobretudo através da conquista do palato.
Entre as três entradas, destaca-se a crocante espetada de porco teryaki (7,50€), com sésamo, cebolinho e sumo de lima. “Marinado em soja, vinagre e açúcar amarelo, é frito a baixa temperatura. Fritar alimentos prende-se com uma questão sensorial, porque a maior parte dos óleos cria um certo vício”, esclarece o chef executivo Ricardo Benedito. Mas também há dumplings (4,50€), um dos pratos mais apreciados pelos recém-chegados às terras de Mao Tsé-Tung e Xi Jinping; e money bags (4,50€), massa do crepe chinês, com recheio vegetal e molho de soja. Esta última entrada é especialmente dedicada à energia do Porco de Terra, materialista e determinado a aumentar os seus rendimentos.
Nos pratos principais, há opções como massa de arroz, porco agridoce, abacaxi, cebolo e pimento (13€), a evitar pelos inexperientes na arte de comer picante; ramen (13€), com ovos, noodles de arroz, cogumelos e bambu, a saber a frango do caldo; e caril vermelho de pato (15€), desfiado e cozido a baixa temperatura, ligeiramente picante, a contrastar com a frescura da manga e do arroz com citronela e coco. “Quiçá permaneça no menu”, sugere o chef, sem dar certezas. O melhor é não arriscar e ir experimentar enquanto é certo.
Para acompanhar os pratos, recomenda-se por exemplo uma versão com malagueta desidratada de um dos cocktails do menu habitual, o Dragon's Delight (5€), com leite de soja, matcha, pandan e chá verde. A terminar com nota doce, há sobremesa de Jian Dui (4€), uma massa chinesa frita feita com farinha de arroz glutinoso. Ao todo, são três bolas com consistência de goma, envoltas em sésamo com recheio também de sésamo, a lembrar chocolate negro.
Centro Comercial Martim Moniz, Piso 6. 21 588 1322. Seg-Sáb 20.00-00.00.
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