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Não é mais um restaurante vegetariano, mas também não é só uma cafetaria; não tem só produtos biológicos, mas aposta nos produtos sazonais para custos mais reduzidos. O Puro, perto do Marquês de Pombal, é um género de fast food mas saudável. A ideia foi do chef António Amorim, que resume assim o conceito essencial: “rápido, barato e saudável”.
À entrada tem logo uma montra com quiches, panquecas que o Popeye aprovaria, de espinafres, pães com massa-mãe e leveduras naturais e uma outra vitrine com bolos à fatia, do de chocolate com curgete ao de beterraba, salame de chocolate com arroz tufado e amendoim ou pequenas bolinhas energéticas. Nada leva açúcares refinados, trabalham com stevia, agave, espelta e trigo sarraceno. Como não são fundamentalistas, não escondem os pastéis de nata dessa mesma vitrine.
António Amorim, responsável pela Fábrica Pastel Feijão em Alfama, pensou este conceito Puro há já dois anos, numa altura em que o saudável ainda era associado a saladas sensaboronas e propostas menos interessantes. “Senti necessidade de voltar a este mundo saudável. Tive uma carreira militar, tinha um porte mais atlético, depois fui ficando desleixado e agora voltei”, ri-se.Sabe que o universo saudável e a oferta mudou – e aumentou – mas não desistiu e quis proporcionar almoços rápidos, feitos no momento e à frente do cliente. Primeiro escolhe um tipo de grão ou de massa, que pode ser quinoa, arroz integral (5,20€) ou massa integral, tagliatelli verde ou massa penne (4,20€), acrescenta um molho (entre abóbora assada e tomilho, azeite e ervas aromáticas ou cogumelos e soja), e ainda uma guarnição conforme a disponibilidade do dia. “Não há serviço de mesa, é o cliente que faz o seu próprio serviço”, explica.
Depois há uma zona de grab&go, com saladas frias, iogurtes e infusões frias em garrafas e frascos de vidro Há, por exemplo, salada de frutas (1,90€), iogurte natural (1,50€), pequenos frasquinhos de granolas caseiras (0,85€) e outros toppings líquidos, como maçã e canela, frutos vermelhos ou pêssego e baunilha (0,75€), baguetes (3,90€). Ao preço de cada elemento, acresce a tara da embalagem de vidro, mas é recuperável (as saladas, em frasco grande, têm uma tara de 2,27€, o iogurte de 0,90€). Se preferir comer a salada fria em vez de uma quente (as tais feitas no momento), é transferida para um prato no momento da compra – e como estão criadas por camadas no frasco, explica António, o empratamento fica perfeitinho.
Há sempre sumos de fruta (a partir de 1,20€) e smoothies (2,40€) para acompanhar, sendo que também pode construir o seu próprio smoothie, com uma base de iogurte, sumo, leite ou chá.
No restaurante há ainda prateleiras preenchidas com os produtos que usam nas receitas – tudo à venda para consumo próprio e para pôr mãos na massa em casa.
Rua Luciano Cordeiro, 74 (Marquês de Pombal). Seg-Sáb 07.00-20.00.