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O futuro Quake ou Museu do Terramoto já anda nas bocas de Lisboa, mas não é bem um parque temático. Falámos com um dos sócios que nos explicou que este assunto não é para brincadeiras.
O infame terramoto de 1755 ficou para a história, mas não foi o primeiro e pode não ter sido o último. Estima-se que terão morrido pelo menos 10 mil pessoas em Lisboa, mas estaremos hoje mais preparados para mais um terramoto? Ricardo Clemente, um dos sócios do futuro museu da Rua da Junqueira (juntamente com Maria João Marques) não está muito seguro e um dos objectivos do museu passa muito por preparar os visitantes para uma eventualidade do género.
A visita faz-se por uma série de espaços com tecnologias multimédia sensoriais e de realidade virtual que o transportam para o dia fatídico. Mas não só. A sala Estudo dos Terramotos vai explicar a ciência do terramoto e o que fazer caso aconteça com a ajuda de um anfiteatro 4D; a sala Simulação/Segurança é de aula e simula a intensidade do abanão; a Máquina do Tempo simula uma viagem à Lisboa antes do terramoto numa carruagem puxada por cavalos, uma experiência em 4D e 360º; na Sala dos Contos há realidade aumentada com histórias contadas por personagens da altura; e no espaço O Grande Final encontra um simulador de realidade virtual que coloca os visitantes no epicentro do acontecimento.
Ciência, história e entretenimento são assim os eixos do museu que abrirá portas em 2020 com uma forte componente ligada à protecção civil que passará também por um serviço educativo para os locais. "A componente entretenimento é com o passado. O restante são coisas que levamos muito a sério", desabafou à Time Out Ricardo Clemente, acrescentando que "o entretenimento é o ingrediente para que o conhecimento passe". Para o sócio do projecto, este vem ainda reforçar as características de Lisboa: "A cidade é o que é hoje por causa do terramoto".
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