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Sabe a que altitude fica a Rua Cor-de-rosa, no Cais do Sodré? Ou o Campo dos Mártires da Pátria? É ler as placas.
Em diversas esquinas de Lisboa encontramos estas chapas, cravadas a três metros de altura, que nos dão a cota daquele ponto da rua em relação ao nível médio das águas do mar. Em 1856 o militar e matemático Filipe Folque dá início aos trabalhos de triangulação necessários para desenhar a Carta Topográfica de Lisboa, um documento de enorme importância, já que é essencial conhecer as cotas de nível para levar a cabo tarefas de obras públicas como o alinhamento de ruas e encanamento de água.
Folque pede depois a Fontes Pereira de Melo que mande fundir mil chapas com as cotas de nível gravadas e que as mande chumbar nas esquinas assinaladas na Carta. Entre as que sobreviveram até aos dias de hoje, a cota mais baixa que conhecemos está na Rua Nova do Carvalho (6,5 m) e a mais alta na Travessa de Cima dos Quartéis, em Campo de Ourique (102,7 m).
Mas é bem possível que haja placas que batem estes recordes. Fica o desafio.