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Se as Ruas Direitas já suscitam dúvidas (“é toda às curvas, porque é que se chama direita?”, “se é a subir e a descer, porque é que é direita?”), quando aparece uma Rua Esquerda, o caso complica-se. As ruas direitas são, tradicionalmente, as ruas principais de um bairro ou localidade – Rua Direita de Arroios, hoje Rua de Arroios; Rua Direita dos Anjos, hoje Rua dos Anjos – que depois perdem o "Direita" no nome.
Mas, aqui, à Rua Direita, junta-se a Esquerda. E, nesse caso, são direita e esquerda em relação a quê? Neste caso, o principal suspeito parece ser a Capela de São Sebastião, que é um ponto de referência no Paço do Lumiar. Estamos de frente para a capela, atrás fica a Estrada do Lumiar, que aqui se bifurca, e à direita temos a Rua Direita, e à esquerda, a Rua Esquerda. Perfeito.
Há, no entanto, um pequeno senão nesta teoria. É que estas ruas não começam aqui, no largo da Igreja de São Sebastião. Pelo contrário, acabam aqui. Onde elas começam, ou seja, onde há as portas nº 1 de ambas as ruas, é na ponta oposta, onde a Estrada do Lumiar se bifurca para entrar no Paço do Lumiar.
Só que aí temos, à direita, a Rua Esquerda e, à esquerda, a Rua Direita.
Toda a cidade em pequenas curiosidades:
+ O Rossio na Betesga: Fernanda do Vale, conhecida como "a preta Fernanda"