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O World Press Photo chega ao Hub Criativo do Beato

Cláudia Lima Carvalho
Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa
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Como já é habitual, Lisboa recebe a exposição do World Press Photo. A mostra com as fotografias vencedoras no concurso deste ano vai acontecer, porém, no Hub Criativo do Beato e não no Museu da Electricidade, como nos últimos anos. A exposição é inaugurada a 27 de Abril e a entrada é grátis.

O grande prémio do World Press Photo, o mais importante concurso de fotojornalismo do mundo, foi entregue este ano a Ronaldo Schemidt, nascido em Caracas, na Venezuela. Foi aliás aqui que o fotojornalista da agência France-Presse fez a imagem que lhe valeu a distinção: José Víctor Salazar Balza em chamas durante os protestos contra o presidente Nicolás Maduro. Apesar da violência da imagem, Balza, de 28 anos, sobreviveu ao incidente, mas sofreu queimaduras de primeiro e segundo grau.

Para o júri, esta é uma “fotografia clássica”, com “uma energia e dinâmica instantânea”. “As cores, o movimento, está muito bem composta, tem força”, lê-se no comunicado do World Press Photo.

A imagem conquistou ainda o primeiro lugar na categoria de Notícia – curiosamente José Víctor Salazar Balza protagoniza também a imagem de um outro fotógrafo da AFP, Juan Barreto, que ficou em terceiro lugar nesta categoria.

No Beato, vai poder ver estas fotografias, tal como todas as outras premiadas nas restantes categorias.

Estes prémios são atribuídos desde 1995 pela fundação homónima com sede em Amesterdão, onde está agora a exposição, e distribuem-se por oito categorias em que são distinguidos os três primeiros prémios. À edição deste ano, foram submetidas 73.044 imagens de 4548 fotógrafos de 125 países. O vencedor recebe dez mil euros de prémio, além de uma máquina e um conjunto de lentes, e os distinguidos com os primeiros prémios em cada categoria recebem 1500 euros.

A exposição vai ficar no Beato apenas até 20 de Maio, seguindo depois para a Polónia – são cem as cidades, em 45 países, que vão receber este mostra, que todos os anos é vista por mais de quatro milhões de pessoas.

Organizada pela revista Visão, em parceria com a Galp e a Câmara Municipal de Lisboa, a exposição dará ainda espaço a alguns fotógrafos locais numa mostra mais pequena.

A entrada é gratuita e estão ainda previstas palestras, workshops, foodtrucks e um mercado.

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