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“Oh meu querido Santo António”: conheça a música da Grande Marcha de Lisboa

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
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É o tema que será interpretado por todas as marchas que vão desfilar na Avenida da Liberdade na noite de Santo António. O autor, vencedor do concurso, é o jornalista da SIC Augusto Madureira.

Não é propriamente um talento escondido do jornalista. Augusto Madureira também tem formação musical e até já venceu o Festival da Canção em 2010 com a canção “Há Dias Assim”, interpretada por Filipa Azevedo. Foi também finalista do UK Songwritting Contest em 2011 e do USA Songwritting Contest em 2013, mais uma vez como compositor e letrista.

Este ano sagrou-se vencedor, mas do concurso anual para a Grande Marcha de Lisboa, com o tema “Lisboa, Alegre e Triste”, com música e letra da sua autoria. Conta com a voz da fadista Yola Dinis e com produção musical de Ricardo Verdelho. 

Foram 25 as candidaturas que chegaram à caixa de correio da EGEAC, analisadas por um juri composto pelo maestro Carlos Alberto Moniz, em representação da Sociedade Portuguesa de Autores, pela fadista Gisela João e pelo músico Jorge Palma. “Lisboa, Alegre e Triste” destacou-se, segundo Carlos Alberto Moniz, “pelo conjunto agradável de letra e melodia e pela sequência muito lógica dos versos e do refrão”.

A música vencedora será interpretada por todos os participantes das Marchas Populares, quer nas exibições da Altice Arena, quer no desfile da Avenida da Liberdade, na noite de Santo António, a 12 de Junho.

"Lisboa, Alegre e Triste"

Lisboa tem um nó na garganta
Por isso quando canta
É a alma que chora
Lisboa é como uma criança
Que sai de madrugada
Pelas vielas, vai à praça
Vender sonhos, foge à escola

Perdida no meio da multidão
Anda de mão em mão
Tem um olhar profundo
Que pede, suplica ao passar
(É marcha popular):
Oh meu querido Santo António
De Lisboa e do mundo

Ai canta-me um fado
Começa baixinho, ninguém vai ouvir
Depois à janela
Grita a vida é bela e toca a sorrir
Recolhe a tristeza
Estende-a sobre a mesa que a casa é assim:
Ainda é portuguesa
Paredes caiadas, cheiro a alecrim

Lisboa também é procissão
É bombo, acordeão
O som de uma fanfarra
Severa, Amália e saudade
Amores proibidos
Nos sentidos consentidos
Nas cordas de uma guitarra

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