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Estreitar o diálogo entre o público, a cidade e a arquitectura é a base de todas as edições do Open House que, este ano, terá uma edição inédita com passeios sonoros ao ar livre. Decorre no fim-de-semana de 26 e 27 de Setembro e estará adaptado à realidade que agora se vive com as respectivas distâncias físicas asseguradas.
Num ano atípico, que obriga toda a gente a reinventar-se e a viver a cidade com outros cuidados e a vê-la com outros olhos, também o Open House está a preparar a sua 9.ª edição e a adaptá-la às circunstâncias.
E se normalmente o Open House abria as portas de edifícios históricos, casas privadas e outros lugares habitualmente fechados ao público, este ano o programa continua a dar a conhecer alguns desses sítios sem ser necessário entrar neles. Como? A programação consiste em passeios sonoros em formato podcast propostos por oito convidados.
Os passeios são pedestres e partem do atlas de arquitectura online Open House Lisboa, que compila 284 espaços que fizeram parte dos roteiros desde 2012. Podem ser consultados através de oito áudio-guias que qualquer pessoa pode seguir de forma independente e a qualquer hora.
“O contexto atípico que atravessamos, ofereceu-nos a oportunidade de reflectir sobre como pode a cidade e a sua arquitectura serem celebradas, embora de portas fechadas”, refere Carolina Vicente, coordenadora do OH Lisboa. “Convidamos os lisboetas a saírem à rua e a contemplarem a cidade, redescobrindo-a através de percursos guiados ao ouvido, na primeira pessoa, por vozes que irão partilhar o que de mais intrínseco as liga à cidade.”
Os podcasts são gravados na primeira pessoa e revelam a cidade vista e vivida por Inês Meneses (radialista), Leonor Teles (cineasta) Paula Moura Pinheiro (jornalista e apresentadora), Lígia Soares (coreógrafa e dramaturga), Gonçalo Byrne (arquitecto), Rui Tavares (historiador), Gonçalo M. Tavares (escritor) e Tomás Wallenstein (músico). Quando chegar a hora, basta descarregá-los, consultar o itinerário, dar corda aos sapatos pela cidade e pôr-se à escuta.
Para Joana Gomes Cardoso, presidente da EGEAC, que organiza o evento em parceria com a Trienal de Arquitectura, o novo formato do Open House, em podcast, permite “um regresso às ruas lisboetas sem comprometer a segurança do público, numa abordagem que torna de novo acessível a história arquitectónica e multifacetada de Lisboa.”
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