[title]
Kendrick Lamar teve um 2024 impressionante. Lançou uma das músicas mais populares do ano, “Not Like Us”, e editou o sexto disco, GNX, aclamado pela crítica. A cereja no topo do bolo foram os cinco prémios que venceu na 67.ª edição dos Grammy, realizada na Crypto.com Arena, em Los Angeles, este domingo, 2 de Fevereiro. O rapper foi o artista mais premiado da noite.
A sua canção "Not Like Us" foi reconhecida nas categorias de Gravação do Ano, Canção do Ano, Melhor Performance de Rap, Melhor Canção de Rap e Melhor Vídeo Musical. A faixa nasceu no contexto da rivalidade do artista de Compton com Drake. Durante o Verão, os dois músicos lançaram diversas “diss tracks” onde trocavam insultos e acusações criminosas. Depois de o rapper canadiano acusar Kendrick de violência doméstica com a noiva, este respondeu com "Not Like Us", onde reforçava as alegações de pedofilia e a conduta sexual problemática de Drake, além de criticar a sua identidade cultural. Desta rivalidade, nasceram ainda canções como “Meet the Grahams”, “Euphoria” ou “6:16 in LA”.
kendrick lamar’s “not like us” takes home the #grammy for record of the year 👑
— Genius (@Genius) February 3, 2025
pic.twitter.com/SKIOhwh5Kr
Além da grande noite do autor de To Pimp a Butterfly, Beyoncé fez história ao vencer, pela primeira vez, o prémio de Álbum do Ano com Cowboy Carter. Este feito torna-a a primeira mulher negra em 26 anos a conquistar esta distinção, desde Lauryn Hill em 1999.
O oitavo disco da antiga vocalista das Destiny's Child foi um novo desafio para a artista, uma vez que mergulhou nas raízes da música country, misturando-as com elementos de R&B, soul e pop. O disco representa uma afirmação da presença negra na história deste género musical, tradicionalmente associado à cultura branca americana.
Além deste prémio, Beyoncé ainda venceu nas categorias de Melhor Álbum Country, tornando-se a primeira mulher negra a vencer nesta categoria em 50 anos, e Melhor Performance Country em Dupla/Grupo pela colaboração com Miley Cyrus em "II Most Wanted".
A 67.ª edição foi também uma oportunidade de celebrar a música de jovens talentos que prometem dominar a indústria musical nos próximos anos. Charli XCX — que fez uma performance explosiva de "Guess" — venceu o Melhor Álbum de Dance/Eletrónica por Brat e Melhor Gravação de Dance Pop pela canção "Von Dutch".
Nomeada em cinco categorias, Chappell Roan foi distinguida com o prémio de Melhor Artista Revelação.
Sabrina Carpenter destacou-se nas categorias de Melhor Álbum Pop Vocal, pelo trabalho que realizou em Short n' Sweet, e Melhor Performance Pop a Solo, atribuído ao mega-êxito "Espresso".
A rapper da Flórida Doechii, considerada uma das maiores esperanças do hip-hop global, venceu o Melhor Álbum de Rap por Alligator Bites Never Heal, tornando-se apenas a terceira mulher a vencer nesta categoria, seguindo os passos de Lauryn Hill e Cardi B.
Apesar de estar nomeada em sete categorias e ter um dos discos mais aclamados de 2024, Hit Me Hard And Soft, Billie Eilish foi para casa de mãos a abanar.
Mas não foram apenas os jovens talentos a ser distinguidos, houve também espaço para distinguir os veteranos. Os Beatles foram homenageados, vencendo na categoria de Melhor Performance de Rock com "Now and Then". Os Rolling Stones, por sua vez, conquistaram o prémio de Melhor Álbum de Rock com Hackney Diamonds.
A cerimónia, conduzida pelo comediante Trevor Noah pela quinta vez consecutiva, foi marcada por momentos emocionantes e discursos impactantes. Houve também uma alusão à ameaça de Donald Trump de condicionar as ajudas federais à recuperação das áreas atingidas em estados democratas, com diversas críticas à presidência.
🍿 Filmes e séries para 2025 – leia grátis a nova edição da Time Out Portugal
🏃 O último é um ovo podre: cruze a meta no Facebook, Instagram e Whatsapp