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Os pastéis de feira da Lanchonete estão a dar que falar em Benfica

A casa original mantém-se, em Belém, mas havia o desejo de chegar a mais pessoas. A nova Lanchonete abriu perto da estação de comboios de Benfica.

Cláudia Lima Carvalho
Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa
A Lanchonete em Benfica
Gabriell Vieira
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Há uma frase, mesmo por cima da cozinha, que define o mote desta nova Lanchonete: “Pessoas que gostam de comer são sempre as melhores pessoas”. E aqui come-se muito daquilo que se come nas lanchonetes do outro lado do Atlântico: pastéis de feira, pão de queijo, coxinhas, hambúrgueres e lanches brasileiros. Tudo aquilo que Pedro Bento já nos tinha dado a descobrir em 2019, quando deu uma nova vida à casa-mãe em Belém. 

O sonho de crescer e não ficar apenas por ali, no mesmo sítio em que o pai havia aberto, em 1986, a Raio Laser Pastelaria e Lanchonete Lda, existe desde o momento em que Pedro assumiu o negócio. “Sempre sonhei grande, não era para ficar só ali. Sempre pensei numa lógica de expansão, que acabou por atrasar”, diz à Time Out, revelando que Cascais e Margem Sul eram os destinos apontados para esse crescimento da marca, por perceber que tinha muitos clientes que vinham de propósito destas zonas. “Não era que eu dissesse que a casa de Belém estava sempre a abarrotar e não conseguia pôr mais gente. Eu queria era ir ao encontro de mais pessoas.”

A Lanchonete em Benfica
Gabriell Vieira

Depois de andar à procura de espaços, e num momento de indefinição devido à pandemia, Pedro decidiu esperar. “Estávamos só atentos e prontos e apareceu esta oportunidade no espaço de uma antiga hamburgueria.”

Pedro fala no plural porque para esta segunda casa, na Avenida Gomes Pereira, uniu-se a Bruna Kelly, com quem tinha trabalhado na Central de Cervejas, quando deixou tudo para abraçar o negócio dos pais. Ela, embora não tenha sotaque, é brasileira. Ele, também sem sotaque, não nasceu no Brasil, mas foi lá que os pais fizeram vida, sempre atrás dos balcões de padarias e lanchonetes. 

“Quis fazer uma homenagem à história dos meus pais. Em casa a minha mãe sempre cozinhou comida brasileira, o pão de queijo e o pão de hambúrguer são feitos pelo meu pai, e achei que havia espaço para isso, até porque há dois anos e meio eu sentia que se falasse com um português sobre comida brasileira ele ia falar [apenas] no churrasco”, continua Pedro, admitindo que não conhecia propriamente a zona de Benfica onde A Lanchonete abre agora, mas mostrando-se surpreendido com a reacção das pessoas. 

Se inicialmente A Lanchonete parece dirigida a um público mais novo, os mais velhos do bairro também por ali têm aparecido sem saberem muito bem ao que vão, mas convertendo-se depressa aos pastéis de feira. O passa-a-palavra entre os fregueses do bairro tem sido tal que o mais natural é chegarem por lá pessoas à procura do famoso pastel.

A Lanchonete em Benfica
Gabriell VieiraMini coxinhas

Também conhecido como pastel de vento, o pastel de feira é feito aqui à moda de São Paulo, servido sempre quente, tal como o pão de queijo (1,60€ duas unidades) ou as mini coxinhas de frango (1,60€ duas unidades) ou de jaca (1,80€ duas unidades). Nos pastéis, pode escolher entre carne de vaca picada; pizza, com mozzarela, tomate e orégãos; frango com queijo tipo catupiry; calabresa com queijo ou o vegan palmito – o preço é igual em todos, 2,10€.  

A Lanchonete em Benfica
Gabriell VieiraPastel de feira

A carta é a mesma que existe n’A Lanchonete em Belém e por isso não faltam os hambúrgueres e os lanches – “os clássicos de São Paulo” –, onde se destacam o famoso cachorro-quente com puré, em pão de brioche caseiro (6,50€), e o lanche de pernil (7€), em tudo muito semelhante a uma sandes de pernil com queijo. 

A Lanchonete em Benfica
Gabriell VieiraLanche de pernil

O brunch brasileiro (13-16€), disponível todos os dias entre as 11.00 e as 16.00, é uma boa forma de provar um bocadinho de tudo, ou não tivesse todos os bestsellers da casa, dos pastéis de feira e coxinhas, às tapiocas e crepiocas, até aos brigadeiros ou pudim de leite condensado. 

“Ainda no outro dia um casal mais velho, ao olhar para o menu, perguntou-nos o que era um brunch. Quando explicámos, a mulher disse logo ao marido que tinham de voltar para o brunch”, relembra Bruna. 

Às sextas e sábados, os clientes habituais já sabem e Benfica está agora a descobrir, é dia de feijoada à brasileira (9,50€) – um dos grandes sucessos da casa. 

Avenida Gomes Pereira, 104A (Benfica). Seg-Sáb 08.00-20.00

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