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Nos prémios votados pelo meio gastronómico nacional e criados pelo Mesa Marcada, site de gastronomia fundado por Miguel Pires e Duarte Calvão, hoje apenas nas mãos do primeiro, João Rodrigues voltou a conquistar as preferências, mantendo-se no primeiro lugar dos chefs que deram nas vistas em 2024. João Rodrigues é o chef do ano e o Canalha, ali no eixo Alcântara-Belém, é o melhor restaurante, uma entrada portentosa para o lugar cimeiro do top 10, depois de ter sido agraciado com o prémio de Mesa Diária no ano passado.
José Avillez, actualmente o chef português com mais estrelas Michelin (duas no Belcanto, uma no Encanto e outra n’A Tasca, no Dubai) destaca-se não só num segundo lugar, subindo uma posição em relação ao ano anterior, mas também como empresário, ao ser distinguido com o prémio de empresário do ano, através de um painel de 29 votantes de “diferentes sensibilidades, maioritariamente empresários do ramo e directores de restaurantes, incluindo também fornecedores, jornalistas e gastrónomos que valorizam a função”. O pódio encerra com Vasco Coelho Santos (Euskalduna, uma estrela Michelin), que no ano passado ficou em segundo lugar e no ano anterior no primeiro, quebrando uma hegemonia de seis anos de João Rodrigues, período em que este liderava a cozinha do Feitoria.
Entre os dez chefs mais votados, destacam-se ainda Hans Neuner (Ocean, duas estrelas Michelin) e António Galapito (Prado), em quarto e quinto lugar, respectivamente. Segue-se, na sexta posição, Nuno Mendes (Santa Joana, em Lisboa, e Cozinha das Flores, no Porto), que com uma subida de nove lugares conquistou o prémio de “chef destaque do ano”. Marlene Vieira (Marlene, Zunzum), Henrique Sá Pessoa (Alma, duas estrelas Michelin), e André Lança Cordeiro (Essencial) ocupam o sétimo, oitavo e nono lugar. Por fim, outra entrada nova: João Sá, chef que conquistou uma estrela Michelin em 2023 para o Sála, galgou 17 lugares.
Já nos restaurantes, o Canalha lidera a classificação com uma subida de 11 posições, mantendo-se o Ocean em segundo. Em terceiro, ficou o Prado (caiu do primeiro lugar), seguido do Belcanto e do Essencial. O Euskalduna ocupa agora o sexto lugar (desceu três) e o Alma mantém-se em sétimo. O top fecha com a Cozinha das Flores, o The Yeatman (duas estrelas com Ricardo Costa ao leme) e o Sála, com uma entrada impressionante – escalou 19 posições e por isso foi galardoado com o prémio “restaurante destaque do ano”.
No Centro de Congressos do Estoril, houve ainda prémios para o Ciclo, de José Neves e Cláudia Abreu, tido como “restaurante novo do ano” e Louise Bourrat foi considerada a chef revelação – de destacar que esta distinção foi alterada este ano para distinguir chefs até aos 35 anos que tenham subido consideravelmente nas posições cimeiras ou entrado de forma expressiva no ranking. A chef do Boubou’s viu ainda a sua equipa ser premiada com o título de “serviço de sala do ano”, atribuído por um júri restrito de 34 pessoas ligadas ao meio.
A Queijaria, no Príncipe Real, é a melhor loja gastronómica, destronando a Comida Independente que há três edições arrecadava este prémio. O Chefs on Fire continua a ser o melhor evento gastronómico do ano. O melhor restaurante para o dia-a-dia – Mesa Diária – é a Taberna Os Papagaios, de Joaquim Leal.
De destacar que para a definição da lista, que inclui mais de 400 restaurantes e quase 300 chefs, e atribuição destes prémios contribuíram os votos de 305 pessoas, entre jornalistas, bloggers, gastrónomos, chefs de cozinha e outras profissões do meio gastronómico e da restauração.
À semelhança do que tem acontecido, houve ainda prémios que resultaram de uma votação de um júri mais específico e restrito, como chef de pastelaria atribuído a Sara Soares (Caos – O Futuro é Vegetal), escolhida por 41 jurados, na sua maioria profissionais de pastelaria. Pedro Escoto, do Feitoria, é o escanção do ano, escolhido por 45 votantes. Já o Gambrinus é o clássico do ano – o júri desta categoria integrou 35 chefs que ou fizeram parte do top dez, ou venceram algum prémio especial do Mesa Marcada nos últimos cinco anos.
Os prémios de sustentabilidade foram entregues ao restaurante de António Loureiro em Guimarães, A Cozinha (estrela Michelin), na categoria urbana, e à Herdade do Esporão (uma estrela Michelin e uma estrela verde), que tem Carlos Teixeira como chef, na categoria rural. De realçar que aqui os prémios contam com a consultora especializada em sustentabilidade Grab a Doughnut, para garantir as boas práticas sustentáveis.
A cerimónia deste ano contou ainda com a novidade de se premiar um restaurante em Cascais, já que é neste concelho que acontecem os prémios. O Izakaya, de Tiago Penão, foi o vencedor, saído de uma votação de 35 pessoas da região ou com forte ligação à mesma, mantendo um perfil semelhante ao do ranking nacional.
Foi no ano passado que se criaram dois prémios para os bares, este ano ambos entregues a bares do Porto. O Torto de José Mendes, Daniel Poças e Vando Montenegro é o bar do ano, e o Flôr, com Jorge Morales, na Cozinha das Flores, é bar de restaurante de 2024.
Falta lembrar os dois prémios anunciados antes da gala, que aconteceu esta segunda-feira, o de produtor/fornecedor do ano, atribuído a Raul Reis, agricultor da Lourinhã que tem contribuído para a valorização da batata, e o prémio carreira entregue a Justa Nobre (O Nobre).
Top 10 Restaurantes
Canalha (+11)
Ocean(=)
Prado (-1)
Belcanto (=)
Essencial (=)
Euskalduna (-3)
Alma (=)
Cozinha das Flores (+1)
The Yeatman (-3)
Sála de João Sá (+19)
Top 10 Chefs
João Rodrigues, Canalha/Projecto Matéria (=)
José Avillez, Belcanto (+1)
Vasco Coelho Santos, Euskalduna (-1)
Hans Neuner, Ocean (=)
António Galapito, Prado (=)
Nuno Mendes, Cozinha das Flores/Santa Joana (+9)
Marlene Vieira, Marlene, (-1)
Henrique Sá Pessoa, Alma (-1)
André Lança Cordeiro (=)
João Sá, Sála (+17)
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