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Poucos terão ficado surpreendidos quando filmes como Conclave ou Emília Pérez foram nomeados para a melhor longa-metragem do ano, esta quinta-feira, ao início da tarde. A surpresa dos nomeados aos Óscares deste ano ficou reservada para Ainda Estou Aqui, com a produção brasileira a ocupar um lugar entre os melhores filmes do ano e a ser seleccionada para outras duas categorias.
O filme de Walter Salles segue uma mulher casada (Fernanda Torres, nomeada para Melhor Actriz Principal) com um ex-político durante a ditadura militar no Brasil, que se vê obrigada a reinventar-se e a traçar um novo destino para si e os filhos, depois de a vida da sua família ser impactada por um acto violento e arbitrário.
Ainda Estou Aqui, que chegou aos cinemas portugueses a 16 de Janeiro, também está entre os nomeados para melhor filme internacional.
Além desta produção brasileira, Anora, O Brutalista, Um Completo Desconhecido, Conclave, Duna: Parte 2, Emília Pérez, Nickel Boys, A Substância e Wicked completam o leque dos melhores filmes do ano.
A competir com Fernanda Torres na categoria de Melhor Actriz Principal estarão Cynthia Erivo (Wicked), Karla Sofía Gascón (Emília Pérez), Mikey Madison (Anora) e Demi Moore (A Substância).
Os melhores actores principais são Adrien Brody (O Brutalista), Sebastian Stan (O Aprendiz), Timothée Chalamet (Um Completo Desconhecido), Colman Domingo (Sing Sing) e Ralph Fiennes (Conclave).
Na categoria de Melhor Actor Secundário não temos grandes surpresas: Yura Borisov (Anora), Edward Norton (Um Completo Desconhecido), Guy Pearce (O Brutalista) – e os homens que interpretaram os irmãos Kendall e Roman Roy em Succession, Jeremy Strong (O Aprendiz), Kieran Culkin (Uma Dor Real).
Entre as nomeadas para Melhor Actriz Secundária, a cantora Ariana Grande (Wicked) surpreendeu ao ser nomeada ao lado de nomes como Monica Barbaro (Um Completo Desconhecido), Felicity Jones (O Brutalista), Isabella Rossellini (Conclave) e Zoe Saldaña (Emília Pérez).
Os melhores filmes internacionais incluem – além de Ainda Estou Aqui – A Rapariga com a Agulha (realizado por Magnus von Horn, Dinamarca), Emília Pérez (Jacques Audiard, França), A Semente da Figueira Sagrada (Mohammad Rasoulof, Alemanha), Flow – À Deriva (Gints Zilbalodis, Letónia).
Flow – À Deriva, filme que acompanha um gato num mundo sem humanos e assombrado pela subida da água do mar, também está entre os melhores filmes de animação. Os restantes nomeados são a produção da DreamWorks Robot Selvagem (Chris Sanders); a aposta da Disney Divertida-Mente 2 (Kelsey Mann); da Netflix, Wallace e Gromit: Vingança Ave Galinácea (Merlin Crossingham e Nick Park); e a longa-metragem independente Memórias de um Caracol (Adam Elliot, realizador do subvalorizado Mary e Max).
Quem também tem uma nomeação é Elton John. O artista, que já tem dois Óscares de Melhor Música Original em seu nome, pelos filmes O Rei Leão (1995) e Rocketman (2020), voltou a ser indicado, agora pela canção "Never Too Late", que surge no documentário Elton John: Never Too Late. Concorre com "El Mal" e "Mi Camino" (Emília Pérez, Clément Ducol e Camille), "Like a Bird" (Abraham Alexander e Adrian Quesada, Sing Sing) e "The Journey" (Dianne Warren, The Six Triple Eight).
As produções portuguesas não foram escolhidas em nenhuma categoria. A grande aposta era Percebes, das realizadoras portuguesas Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, que estava na shortlist para ser nomeado na categoria de Melhor Curta-Metragem de Animação, mas acabou por ficar de fora, não repetindo o feito de Ice Merchants (2022).
O filme com mais nomeações foi Emilia Pérez, com 13, tornando-se a segunda longa-metragem mais nomeada de sempre e o filme não falado em inglês mais nomeado de sempre. A actriz principal, Karla Sofía Gascón, é a primeira intérprete trans a ser nomeada para um Óscar.
A 97.ª edição dos Óscares vai acontecer a 2 de Março de 2025, em Los Angeles, Califórnia. Esta cerimónia vai ser dedicada às vítimas dos incêndios neste estado e vai celebrar o espírito de todos aqueles que combateram as chamas.
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