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Quase três anos depois da abertura da primeira loja, em Campo de Ourique, a Otherwise soma e segue. A última novidade? Uma pequena loja no Príncipe Real, no caminho de quem chega vindo da Avenida da Liberdade. Mais do que uma nova paragem para a clientela fiel conquistada nos últimos anos, a nova morada aproxima a marca do público turístico. "A loja de Campo de Ourique continua a ser a referência para os clientes que nos seguem. Mas estávamos a precisar de um espaço maior para armazém e aqui conseguimos ter isso", explica Manuel Ochoa, o fundador da Otherwise.
Dentro do novo espaço, aberto ao público há cerca de uma semana, encontramos um cenário próprio da mudança de estação. De um lado, os casacos ainda aludem à recta final do Inverno. Do outro, as camisas leves recordam que, afinal, o Verão não é uma visão assim tão distante. De manga curta ou comprida, são elas as estrelas da Otherwise, desde o primeiro dia.
A marca é portuguesa, mas as técnicas com que estas peças são produzidas até hoje estão do outro lado do mundo, mais precisamente na Índia. "É tudo feito à mão", assinala Manuel, que se prepara para regressar à região de Dehli, depois de dois anos sem visitar os artesãos responsáveis pela produção. Conhece a maioria pelo nome e já acompanhou a par e passo cada um dos métodos de estampagem, incluindo o shibori, uma espécie de tie-dye japonês, e o block print, com recurso a peças de madeira semelhantes a carimbos.
Em Lisboa, são agora duas as lojas Otherwise. Pelo caminho ficou a da Lx Factory, que se tornou num ponto de venda multimarca. Mas a expansão também tem acontecido em solo espanhol, onde são já 20 os revendedores. A produção continua a ser limitada a 30 exemplares de cada padrão e os restos de tecidos têm sido usados nos forros das peças de Inverno.
A caminho estão já as novidades deste Verão — uma nova linha de camisas em algodão orgânico, tecidas artesanalmente e com bordados à mão. As preocupações com o ambiente continuam a orientar o negócio. Sem pretensões de tornar a marca totalmente sustentável, Manuel explica a aposta recente em fibras alternativas, caso da bananeira e das primeiras experiências com o bambu.
Rua da Alegria, 134 A. 91 779 5097. Seg-Sex 12.00-19.00 e Sáb 11.00-18.00.
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