[title]
Chegou à Rua da Prata em Outubro e a popularidade tem aumentado num boca-a-boca que rapidamente se propagou. O espaço ajuda, é certo, com referências à pátria-mãe chinesa e néones na parede. Mas o segredo está na comida. É esse o motivo para voltar.
O Panda Cantina é um pedaço da região de Sichuan, na China, plantado no centro de Lisboa que quer fazer do tradicional a marca da casa. Aqui é tudo pensado para ser confortável, do sabor à decoração, suave e bem conseguida, com pormenores interessantes que vão dos néones com caracteres invertidos, representações cénicas da China antiga, livros de exercícios escolares na parede. Até a disposição dos lugares é pensada para acomodar tanto a partilha em grupo como a refeição a solo.
A mão é de Yin, que aterrou em solo português depois de uma aventura em Paris, no ramo do design, e que acabou por ficar. Encontrou este espaço, pôs mãos à obra para o remodelar e, um ano depois, as portas abriram. Na equipa há gente da Rússia, da China, da Holanda, da Suécia e de Portugal, conta-nos a holandesa Noor Janssen, a todas-as-coisas comunicação do Panda Cantina que regressou a Portugal para fazer o mestrado em hotelaria. "Passei aqui um dia, comi, voltei e perguntei se já tinham alguém a fazer redes sociais. Não tinham. Então acabei por ficar." Aconteceu o mesmo com os restantes elementos da equipa, diz.
"O Yin sentiu que faltava um espaço que representasse a cozinha chinesa da província natal", diz Noor sobre o nascimento do Panda, e foi essa a razão da estadia prolongada. Aqui é tudo caseiro: os noodles são feitos na casa, os caldos e as carnes chegam a levar três horas de preparação, e a sobremesa é, também ela, preparada nesta cozinha.
O menu é simples, com o ramen como tema central, e há três variedades a provar: porco, vaca e tofu (7,80). O menu (9,60€), com sobremesa e bebida incluídas, dá-nos a carta de entrada num leque de escolhas. Há chá de jasmin, verde, oolong ou pu'er (1,50€) e leite de soja caseiro (1,50€). A sobremesa, geleia de gelo de Sichuan com goji e gengibre, é o toque final perfeito.
Rua da Prata, 252 (Baixa). Seg-Sáb 12.00-15.00/18.30-22.00.