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A Biotrails é uma empresa de caminhadas pela natureza, birdwatching e alguns percursos urbanos e tem desde Agosto uma parceria com a Câmara Municipal de Palmela para disponibilizar os seus percursos autoguiados gratuitamente. Para o utilizador basta abrir a app, inscrever-se e pôr-se a caminho, seguindo as direcções e ouvindo (ou lendo) as descrições dos pontos de interesse, naturais ou históricos, do percurso. O GPS garante que não sai da rota.
"A ideia dos percursos autoguiados nasceu da procura das agências de turismo, sobretudo europeias, que queriam soluções sem guia, em que as pessoas vão autónomas", diz José Cunha, fundador e motor da Biotrails. "A pandemia só veio reforçar isso." Foi assim que, pensando na facilidade de os fazer só com auxílio da app, com GPS, foram adaptados alguns percursos que já existiam com guia.
Actualmente, a Biotrails tem uma oferta de dez passeios autoguiados (e audioguiados), na Serra da Arrábida, Setúbal, Sesimbra e Palmela – e estes, os quatro de Palmela, são gratuitos desde Agosto, graças a uma parceria estabelecida com o município. Assim, agora, tudo o que tem de fazer é instalar a app Biotrails e, à hora que quiser, no dia que quiser, dirigir-se ao centro de Palmela. De lá partem os quatro percursos.
O Descobrir Palmela é um percurso urbano, pelo centro histórico, com enfoque na muito rica história e arqueologia da vila. O Percurso entre Castelos, do Castelo de Palmela ao Forte de São Filipe, em Setúbal, é um percurso de imersão na natureza, em que a paisagem é o elo de ligação de milhares de anos de presença humana, dos povoados pré-históricos, às estradas romanas, período medieval e época moderna. O Serra do Louro, Palmela Arqueológica segue pela crista da Serra do Louro, com a vista para o verdejante Vale dos Barris, e visita um monumento funerário do Neolítico – as Grutas da Quinta do Anjo –, o Castro de Chibanes – as ruínas mais bem preservadas do Calcolítico – e o Alto da Queimada – uma aldeia do período árabe. Por fim, o Encostas do Castelo, uma viagem pela área rural, em que as quintas marcam a paisagem, com regresso pela Serra do Louro, com a vista magnífica do Vale dos Barris, e passagem pelos sítios arqueológicos do Alto da Queimada e Castro de Chibanes.
A Biotrails existe há sete anos. Para José Cunha, que tinha trabalhado em educação ambiental noutro parque natural, foi fácil pensar percursos: "As propostas assentaram nas características do próprio parque e em percursos que cobrissem os maiores pontos de interesse do ponto de vista da observação da natureza, e não tanto de caminhada. Interessava-nos partilhar a consciência sobre o valor biológico da Arrábida, dar a conhecer as espécies endémicas."
A empresa cresceu na sua abrangência, chamando convidados para áreas específicas, como a geologia de Sesimbra, ou a arqueologia do território, apresentou os seus percursos aos municípios em volta e daí acabou por resultar o Arrábida Walking Festival, de três dias de caminhadas de descoberta do património natural e histórico da região, proposto para Março de 2020 (que pontaria, foi cancelado, claro), com o tema Arqueologia. Acabou por se realizar, em 2021 e 2022, e posteriormente ser descontinuado por mudanças de cor política do pelouro.
A oferta da Biotrails é agora de 16 caminhadas guiadas, com preços que oscilam entre os dez e os 20€, dez autoguiadas (quatro gratuitas e seis de 10€) e uma de birdwatching no estuário do Sado (30€), de que brevemente pensam fazer uma versão autoguiada.
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