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O cenógrafo e figurinista Pedro Azevedo é o vencedor da quarta edição do Prémio Revelação, atribuído anualmente pelo Teatro Nacional D. Maria II em parceria com o grupo Ageas Portugal. O prémio, com um valor pecuniário de 5000 euros, reconhece e promove talentos emergentes no panorama teatral até aos 30 anos de idade. Entre 2020 e 2022, foi entregue a Sara Barros Leitão (actriz, encenadora e dramaturga), Mário Coelho (actor, encenador e dramaturgo) e Cárin Geada (designer de luz).
Este ano, o vencedor foi anunciado na última sexta-feira, 3 de Março, numa cerimónia no Centro Olga Cadaval, em Sintra, que antecedeu a antestreia – no âmbito da Odisseia Nacional do D. Maria II – da peça O Misantropo, com encenação de Mónica Garnel e texto de Hugo van der Ding e Martim Sousa Tavares a partir do original de Molière.
“Esperamos que este Prémio possa continuar a contribuir, de forma consistente e regular, para a valorização do trabalho de jovens profissionais a nível nacional, em momentos das suas carreiras que são, muitas vezes, críticos para o seu desenvolvimento futuro. O reconhecimento do trabalho notável de jovens profissionais é uma aposta no futuro do teatro português”, de acordo com Rui Catarino, presidente do Conselho de Administração do Teatro Nacional D. Maria II.
Nascido no Porto, em 1996, Pedro Azevedo, terminou a licenciatura em Teatro em 2017, na variante de cenografia, na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo. Desde 2016 que desenvolve projectos de co-criação com Guilherme de Sousa, com quem fundou a estrutura artística BLUFF em 2019. A parceria tem sido marcada por diversas linguagens para palco, do teatro à dança, passando ainda pela performance e pela instalação.
Já enquanto cenógrafo e figurinista, Pedro Azevedo trabalhou em espectáculos de teatro, dança e música, com nomes como Ana Isabel Castro, Alfredo Martins, Bárbara Tinoco, Roberto Olivan e Rodrigo Leão. Assinou ainda a cenografia e os figurinos de Cadernos de., uma criação de Raquel S. que estreou no D. Maria II em Novembro de 2022. Sobre o seu trabalho, a equipa responsável pela atribuição deste prémio escreve que “procura concretizar o universo visual dos espectáculos, dando uma expressão plástica muito própria a cada uma das criações, ajudando a definir uma visão artística através do pensamento sobre o espaço, da sua relação com o texto e os seus intérpretes”.
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