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Pela primeira vez, Zelda é a estrela de ‘The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom’

Passados 38 anos, a princesa de Hyrule é finalmente a protagonista de um jogo a que dá o nome, apontando novas e entusiasmantes possibilidades para o futuro.

Luís Filipe Rodrigues
Editor
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom
DRThe Legend of Zelda: Echoes of Wisdom
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★★★★☆

O anúncio de The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom, em Junho, não foi só uma surpresa. Foram duas. Por um lado, quase ninguém estava à espera de pôr as mãos noutro jogo da franquia tão cedo, menos ainda na velha Switch – a maioria achava que ia ser anunciado um remake de The Legend of Zelda: Tears of The Kingdom para a próxima máquina da Nintendo antes de se falar sequer num novo título. Mas isso nem foi o mais surpreendente. Inesperado mesmo foi saber que, passados 38 anos, a princesa titular ia ser não só uma personagem controlável, como a protagonista de um capítulo canónico desta longa história.

Ao longo dos anos, Zelda tinha sido controlável por uns instantes num jogo da série, nuns quantos spin-offs e nuns títulos de má memória lançados no CD-i da Phillips na década de 90. Mas nunca fora a protagonista. Isso muda em The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom. Desenvolvido pelos estúdios Grezzo – responsáveis pela recriação de The Legend of Zelda: Link’s Awakening na Switch – em parceria com a Nintendo EPD, combina a estética pinyponesca daquele remake de 2019 com os menus e elementos gráficos de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, Tears of the Kingdom ou Hyrule Warriors: Age of Calamity.

Este hibridismo não é apenas visual, reflectindo-se nas mecânicas e sistemas de jogo. Por um lado, tem a perspectiva isométrica de Link’s Awakening, mas a arquitectura dos níveis é mais complexa e vertical; por outro, estão de volta as masmorras dos Zeldas clássicos, mas espalhadas por um vasto mapa, que podemos explorar livremente desde cedo; e há múltiplas maneiras de resolver a maior parte dos quebra-cabeças e combater os inimigos – como nos restantes títulos estreados na Switch desde 2017.

Combater, salvo seja. Apesar de controlarmos Link, com a sua espada e arco, nos minutos iniciais, o habitual protagonista não tarda a sair de cena, e Zelda não é muito prendada com as armas – usando-as raramente. Para se desenvencilhar, tem duas opções: copiar objectos e usá-los para se esconder ou atirá-los aos inimigos; ou replicar os monstros que vai vencendo e usá-los para combater quem se atravessar no seu caminho. Além disso, pode vincular-se telecineticamente a alguns objectos e movê-los ou ser guiada por eles. 

À medida que a história avança, estas habilidades vão-se tornando mais poderosas e versáteis. Como é habitual. Porque, para além do óbvio, The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom não é assim tão diferente de outros capítulos da série. Conceptualmente, é o mesmo tipo de jogo. Inspirando-se no passado e no presente da franquia, consegue ser simultaneamente disruptivo e familiar, apontando novas e entusiasmantes possibilidades para o futuro. Uma boa surpresa.

Disponível para Nintendo Switch.

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