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No Casal Vistoso, Areeiro, fica uma das três piscinas que, há um ano, motivaram uma manifestação de cidadãos. “A Câmara tem o dever de investir na qualidade de vida dos residentes de Lisboa, que passa por fomentar uma cultura de proximidade nos bairros da capital, garantindo a oferta de serviços de qualidade para o dia-a-dia dos seus habitantes”, diziam na altura os munícipes que convocaram uma acção de protesto para o Largo da Graça. Agora, depois de obras relacionadas com o sistema de águas do Complexo Municipal do Casal Vistoso, a autarquia prepara-se para devolver o equipamento da freguesia do Areeiro aos cidadãos. A reabertura está marcada para 2 de Setembro e as inscrições estão já abertas (desde 15 de Julho), tanto para utilização livre como para aulas.
Além da piscina de dez pistas, que esteve encerrada desde 2020, o Complexo Municipal do Casal Vistoso é composto por um pavilhão, um ginásio, um rocódromo (estruturada para a prática de escalada, cuja criação partiu de uma proposta do Orçamento Participativo de Lisboa) e uma sala de formação.
São Vicente e Arroios no impasse
Quanto às piscinas de São Vicente e de Arroios, fechadas desde 2022, ainda não foram anunciadas datas de abertura. Sobre a primeira, "a junta de freguesia diz que as obras são uma competência da Câmara de Lisboa e esta diz que a piscina é uma competência da junta de freguesia", escreveu o jornal Público em Maio. Em Abril, numa reunião pública da Câmara, o vereador com o pelouro do Desporto, Ângelo Pereira, afirmou a intenção de lançar a obra, que se prevê "muito complexa", até ao final deste ano. No entanto, não avançou com previsões concretas quanto à conclusão da intervenção. Perante a incerteza, no edifício junto ao Panteão Nacional mantêm-se as letras vermelhas, a stencil, questionando: "E a piscina?".
Enquanto o equipamento de São Vicente terá encerrado por "razões de segurança inerentes aos elementos estruturais de suporte da cobertura do edifício", no de Arroios (que a autarquia assegura estar sob a gestão da Junta de Freguesia) foram detectados "problemas graves", como perdas de água no fundo do tanque ou o funcionamento deficiente do sistema de extracção de humidade e renovação do ar, explicam as respectivas juntas.
A Time Out questionou, por escrito, a Câmara Municipal de Lisboa e a Junta de Freguesia de Arroios acerca do tema, aguardando respostas de ambos os organismos.
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