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No centro da cidade, junto à estação do Rossio, acaba de nascer uma esplanada e um jardim numa espécie de dois-em-um. Pintado de vermelho, verde, amarelo e branco, o Rossio Gardens quer ser um ponto de paragem, onde as pessoas podem chegar e espreguiçar-se a aproveitar o sol que bate ora de manhã, ora ao final da tarde. Para comer, a carta estende-se do brunch aos pratos para partilhar. Para beber, há sumos, batidos e cocktails, tanto clássicos como de autor. E ainda há uma agenda cultural a ser preparada, que contará com mostras de artistas emergentes. Às quartas, quintas e sextas, já há DJ sets a animar a esplanada.
Foi a 15 de Agosto que o Largo do Cadaval, ao lado da estação do Rossio, se tornou casa do Rossio Gardens. O projecto dos três sócios Diogo de Sá, Manuel Teles e Pedro Sintra abriu nasceu da vontade de dar uma nova vida a este lugar. “Estamos na Estação do Rossio, num dos edifícios mais emblemáticos da cidade de Lisboa, no coração da cidade. Havia uma oportunidade de fazer aqui algo totalmente diferente”, começa por dizer Diogo de Sá que, ao contrário dos outros dois sócios que têm experiência na área da restauração e hotelaria, vem do mundo empresarial.
O espaço, detido pela IP Património, da Infraestruturas de Portugal, foi concedido aos três sócios por 14 anos. Com a promessa de voltar a “pôr o largo no mapa da cidade”, viram no facto de este se localizar junto das Escadinhas do Duque uma mais-valia, já que é um sítio pelo qual muitos turistas passam diariamente. Daí um dos objectivos ser criar um espaço apelativo, que se apresentasse quase como um destino para quem se cruza por ali. E, com a vontade de tornar o largo num oásis, vieram as oliveiras e o verde envolvente. “Pensámos sempre em criar um jardim no centro de Lisboa, por isso, aquilo que vemos aqui à volta é um jardim que ainda vai crescer e que se vai tornar cada vez mais verde. No fundo, aquilo que nós queremos é que quando as pessoas olhem para aqui digam ‘eu quero parar’”, realça o proprietário.
Concebido unicamente como esplanada, o Rossio Gardens foi projectado pelo Vera Onofre Studio. Destacam-se o mobiliário colorido e às riscas, tais como as espreguiçadeiras, e as mesas redondas de mármore com oliveiras no centro. Os chapéus de sol, também em diferentes cores, multiplicam-se pelo espaço. Um dos elementos que salta mais à vista é um banco, apelidado de “Banco Cobra”, às riscas brancas e vermelhas e com um formato irregular.
Aberto das 10.00 à meia-noite, a carta, pensada pela chef Luisinha, tem menus de brunch e outros pratos leves, pensados para partilhar. Há saladas (8€), sandes de frango (11€) e de vegetais e tofu (9€) e ovos (9€-11€), escalfados, mexidos e estrelados. No resto da carta, destacam-se a burrata com tomate cherry, cebola e vinagre balsâmico (13€), o pulled pork burger (13€), o cachorro de polvo (13€) e o cachorro de camarão (13€). Pensado como um gastrobar, os cocktails também são um ponto forte do Rossio Gardens. Há três de autor: o garden mule grey goose (13€), o elder flower saint germain (12€) e o tropical pisco (13€). Também há margarita, mojito, caipirinha de frutos vermelhos e maracujá, bem como cocktails sem álcool.
Diogo de Sá avança que ainda estão a fechar parcerias com a EGEAC para transformar a esplanada também num espaço cultural. A ideia é acolher mostras e vernissages de artistas emergentes. Até ao final do ano, já há alguns projectos alinhados, garante. Enquanto esses ainda não acontecem, todas as quartas, quintas e sextas-feiras, ao final da tarde, há DJ sets. Além dos turistas que por aqui abancam, o proprietário também quer trazer locais e quem trabalha na zona circundante, de forma a tornar a esplanada um lugar de encontro e descanso.
No Inverno, o espaço conta estar aberto com o mesmo horário e com a esperança que o bom tempo ainda dure mais um par de meses. Mas, à partida, durante os meses frios só parte da esplanada, que é tapada, será utilizada. Os aquecedores e mantas terão de fazer o resto.
Largo Duque do Cadaval (Rossio). Seg-Dom 10.00-00.00
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