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Jantar com festa no mesmo espaço é a moda na cidade e a prova disso é o novo Praia no Parque, no Parque Eduardo VII. A partir de uma certa hora o restaurante vira discoteca e à porta até está um antigo porteiro da Kapital.
Os alfacinhas já não estão para grandes noitadas, garante Nuno Santana, um dos três sócios do novo Praia no Parque, em pleno Parque Eduardo VII. “A noite está a vir para mais perto do jantar, é uma trend mundial”, considera. “As pessoas já não se querem deitar às sete da manhã. Temos outra idade. A lógica do jantar com festa é cada vez mais importante.”
Depois de se aventurarem na discoteca Meo Spot, na Praia da Rocha, que animou os Verões no Algarve entre 2011 e 2014, os três sócios criaram em 2016 o Praia na Villa, em Vilamoura, um misto de restaurante e bar, para quem quer “estar em casa às três ou quatro da manhã” e ainda conseguir levantar-se “para estar na praia às 11”, continua Nuno. É nessa lógica do 2 em 1 (jantar e dançar no mesmo espaço) que surge este Praia no Parque, camuflado no Parque Eduardo VII e no restaurado e envidraçado edifício da esplanada do Lago do Roseiral, projectado nos anos 50.
Se de domingo a quarta o espaço funciona mais como restaurante, de quinta a sábado não se admire se o volume durante a refeição aumentar e acabar tudo a dançar até às três da manhã.
À porta, e a partir de uma certa hora, se quiser ir lá beber um copo até poderá reconhecer o antigo porteiro da Kapital, “um porteiro rígido, à antiga”, diz Nuno. O target da casa é “dos 30 aos 50 anos” e a música anda à volta do “disco sound”. Houve uma aposta no sistema de som, mas “a lógica não é ter DJs conhecidos”, continua. “É criar uma experiência e haver festa.”
Com o avançar da noite todo o espaço funciona “como pista de dança” e os cocktails de Ariel Sequerra, recém-chegado da Dinamarca, começam a sair. A carta é longa e é normal que demore a escolher. Para os indecisos há uma novidade, criada por Cláudio Cruz, responsável pelo bar. Chama-se Sinto-me Com Sorte (14€) e quem o pedir terá direito a lançar uns dados de madeira, criados especialmente para o bar. Cada dado tem ingredientes e é a conjugação da jogada que determinará o cocktail.
Há interpretações de clássicos, como o Noches En San Juan (12€), um daiquiri com espuma de erva príncipe e menta, e cocktails de assinatura como o Wasabi Kick (12€), com wasabi e gingerbeer, e o Velha Infância (12€), que vai buscar o sabor das gomas de amora da infância.
Nas duas semanas de vida do bar, o Manjerico no Parque (12€), com gin, manjericão, gengibre e clara de ovo, já é um dos mais populares, mas vale a pena aventurar-se em novas bebidas – nem que seja pelo copo. Por exemplo, o Smokey Sherlock (18€), com whisky, beterraba e mel, e inspirado em Sherlock Holmes, ou o Pintassilgo do Parque (18€), servido num pássaro de vidro. Para uma verdadeira experiência, o After 8 Experience (38€) é digno de um laboratório e leva rum, chocolate e especiarias.
Praia no Parque, Parque Eduardo VII (junto ao Pavilhão Carlos Lopes). Qui-Sáb até às 03.00, Dom-Qua até às 00.00. 96 884 28 88.
+ Fechado há anos, o restaurante do Parque Eduardo VII é agora o Praia no Parque