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Pratos de partilha, mais tropicalidade e uma happy hour. A nova vida do Trópico do Cais

Com a ajuda do artista Pedro Gramaxo e do chef Jorge Redondo, o restaurante do Cais do Sodré está de cara lavada e pronto para reaver a sua antiga glória.

Teresa David
Escrito por
Teresa David
Jornalista
Trópico do Cais
Mariana Valle Lima
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Já lá vão quase cinco anos desde a abertura do Trópico do Cais. Em tempos, este pequeno restaurante com alma de bar juntava centenas de pessoas à porta, que ali paravam de copo na mão antes de partirem para outras freguesias. Uma festa travada, claro, pela pandemia. Anos passados, e com o medo da doença a dissipar, o espaço volta a recuperar essa aura – um momento marcado com novidades: uma nova carta, uma happy hour generosa, e um interior ainda mais tropical. “Os dois anos de covid-19 foram complicados. Acho que nos conseguimos reinventar bem com o delivery, mas queríamos dar-lhe [ao Trópico do Cais] uma alma nova”, conta Francisco Tavares, um dos grandes responsáveis pelo restaurante. 

Trópico do Cais
Mariana Valle Lima

Com o toque do artista Pedro Gramaxo, que pintou as paredes, o interior está agora mais verde, e selvagem, do que antes. “Resultou muito bem, acho que o espaço está muito mais cozy, tem tudo a ver com o nosso conceito”, comenta Francisco. A carta é agora mais virada para a partilha. Há pratos novos e alguns dos antigos foram alterados pelo chef consultor Jorge Redondo, que já passou pelo Água pela Barba e pelo Season, ambos do chef João Magalhães Correia. “O que o Francisco me disse foi que gostava de ter uma carta mais de partilha, mas sempre com o conceito trópico, agarrando na comida sul-americana e na comida asiática”, começa por detalhar o chef. “Não há nada que tenha ficado igual, há pratos que se mantiveram, mas com a receita diferente”, acrescenta. 

Croquetes, camarão bang bang, crepes de cogumelos e cornetto de salmão
Mariana Valle Lima

Entre os pratos para partilhar, encontra-se o camarão bang bang (10€), um camarão panado com maionese de sweetchilli e ervilhas wasabi. Este é, palavra do chef, o mais guloso da carta. Os crepes de cogumelos shiitake e marron (6€), com couve chinesa e maionese de manjericão e lima; os tacos de polvo (8€) com maionese de chipotle; o cornetto de salmão (11€); e os croquetes de carne wagyu estufada (8€), mandioca e maionese de couve mineira, são outras opções. O polvo (16€) com molho barbecue coreano, puré de feijão preto e couve crocante, pode ser encarado como prato principal, mas também pode ser partilhado. “Quis mesmo trazer o polvo para a carta. É das coisas que mais gosto de trabalhar”, diz o chef Jorge Redondo. Da carta antiga permanecem, por exemplo, o nasi goreng, um arroz indonésio frito com frango (14€) ou camarão (15€); os noodles yakisoba de vegetais (12€), frango (14€) ou camarão (15€), o pão de queijo (7€), as gyosas de vegetais (6€) e o tártaro de novilho (11€). “Acho que a parte boa agora é que as pessoas que viam o Trópico como um sítio para se ir beber copos depois, hoje em dia já veem o Trópico como um restaurante para se ir jantar, aliado a um bar que vende cocktails até às três da manhã”, comenta o cozinheiro.

Trópico do Cais
Mariana Valle LimaTentáculo de polvo

Para acompanhar o jantar, ou serem desfrutados a solo, o melhor é ir pelos cocktails, como o london mule (8€). Durante a nova happy hour, entre as 17.00-20.00, os cocktails custam 5€ e a imperial 1€. “Estamos a apostar num happy hour forte.” 

No futuro, Francisco Tavares quer animar o espaço com música. “Queremos fazer algumas activações, talvez uma roda de samba ou começar a ter DJ ao fim-de-semana”, revela. O importante, diz, é que o Trópico seja também “uma referência em restaurante e não só na parte de bar". 

R. Moeda 14 (Cais do Sodré). Ter, Qua, Qui, Dom 17.00-02.00. Sex-Sáb 17.00-03.00

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