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Do nome nasceu a ideia para o restaurante. Cru nas paredes e na comida, mas nem por isso menos cuidado ou sofisticado. Num espaço fechado há muito tempo, num largo no Chiado que se faz de restaurantes, nasceu o Cru, com uma carta essencialmente de sushi – grande o suficiente para agradar a puristas amantes do tradicional e fãs do sushi de fusão.
A aposta é do grupo Fullest, que tem restaurantes como a BYF Steakhouse ou a Bellalisa Valmor, e que só ali no Largo Rafael Bordalo Pinheiro tem o Café Royale, um clássico já da zona, e o Tapas n’ Friends. “Quando ficámos com aquele espaço achámos que fazia sentido ter um restaurante de sushi porque não havia essa oferta na zona”, conta Gonçalo Fernandes, CEO do grupo. “Já existem tantos restaurantes de sushi em Lisboa que para nos diferenciar aproveitámos o nome e fizemos do nome o conceito do restaurante”, conta, destacando as paredes em betão, despidas, cruas.
O espaço tem um ar industrial, num contraste entre as paredes e a madeira vinda de Bali. No tecto, há peixes. O ambiente é exótico, convidativo a ficar, especialmente ao final do dia, onde há sempre um DJ. “Queremos que as pessoas olhem para o Cru e pensem que este é um restaurante que podiam encontrar em qualquer parte do mundo, em Nova Iorque ou no Dubai”, diz Gonçalo, para quem a música que passa no restaurante só pode ser escolhida a dedo. “Não passamos música comercial, passamos música sofisticada”, continua, apontando a uma clientela com maior poder financeiro, deixando claro também como o ambiente e a onda são pontos importantes na história deste Cru.
E a mesma atenção foi dada à cozinha. Agnaldo Ferreira, dono da taberna japonesa Hikidashi em Campo de Ourique, foi o chef consultor. “No sushi há uma coisa inevitável e isso é a qualidade do peixe e é isso que temos no restaurante. O nosso peixe tem uma qualidade exímia, pedimos aos nossos fornecedores que nos dessem o melhor.”
A carta tem várias opções, “com uma grande parte tradicional”. É nas opções aparentemente simples como o sashimi (de atum, robalo, salmão, toro, vieira, lírio ou dourada, cujos preços variam entre os 10€ e os 28€ para cinco fatias) que se sente a qualidade do peixe, mas também nos niguiris. Destaque aqui para o niguiri de toro com caviar (18€/2 unidades). “E temos os gunkans de assinatura e alguma fusão”, explica Gonçalo, referindo-se, por exemplo, ao gunkan de caranguejo e ovo de codorniz trufado (12€/2 unidades), mas também a combinações mais improváveis como atum, foie gras braseado e flor de sal (13€/2 unidades).
Na dúvida, pode sempre entregar-se nas mãos do chef e dificilmente sairá mal servido. Os combinados de sushi começam nas 13 peças (28€), embora sem sashimi. Se for fã das finas fatias de peixe cru, o combinado de 18 peças é a escolha acertada (34€). Há ainda uma opção premium (60€/26 unidades) e uma selecção do chef de dez gunkans (58€).
Antes de se atirar ao sushi, as entradas também são apetecíveis. O ussuzukuri de cherne (19€), umas lâminas de peixe sobre gelo com molho wasabi e ovas, é uma boa opção para dias quentes, tal como o carpaccio de lírio (18€).
Mas nem só de sushi se faz esta carta. “A cozinha de quentes existe para aqueles que não gostam ou não querem o sushi”, aponta Gonçalo. O yakisoba de camarão (16€), frango (14€) ou legumes (18€) é disso exemplo.
Para acompanhar, a carta de bebidas é igualmente composta. Se não quiser escolher, há a possibilidade de pedir uma harmonização de vinho (35€/quatro copos), mas não faltam os cocktails, vários sakés e sangrias diferentes como a de pitaya, vodka e triple sec (30€ – há uma opção premium que acrescenta Moët & Chandon, 85€).
No final, não desperdice as sobremesas – o pão de ló e creme de yuzu (7€) é perfeito para partilhar.
Largo Rafael Bordalo Pinheiro 15 (Chiado). 21 043 4184. Dom-Qui 12.00-00.00, Sex-Sáb 12.00-02.00
+ Olivia. Na nova amiga do Nicolau, há muito mais do que brunch (até pizzas)