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A cultura foi das primeiras áreas a parar e o fosso da precariedade de muitos artistas tornou-se mais evidente. Para tentar colmatar parte dessa perda, nasceu o LISBOAGORA, um projecto que foi rebento de pandemia ainda em 2020, e que através de apoios financeiros da autarquia deu palco a muitos artistas. O resultado das performances de cada um está online desde esta terça, 16, e por lá fica até 2 de Abril.
António Jorge Gonçalves, Alexandre Almeida Coelho e Nuno Pratas são o trio responsável pelo projecto que surgiu ainda durante o primeiro período de confinamento. A ideia foi manter activa a actividade cultural e, sobretudo, a produção artística em Lisboa, dando uso, neste caso, à linha de apoio do Fundo de Emergência Social da Câmara Municipal de Lisboa.
“Quando imaginámos este projecto, a partir dos apoios financeiros para ajudar a reactivar a actividade artística na cidade, a ideia foi a de juntar um conjunto de artistas que mostrasse o tecido cultural da cidade colocando-os a fazer a sua própria criação em espaços de Lisboa e registar isso de uma maneira espontânea, para depois poder colocá-lo online para que toda a gente pudesse ver”, referiu António Jorge Gonçalves em entrevista à rádio TSF numa emissão da Fila J.
Juntando artistas a técnicos e profissionais do sector – muitos deles completamente paralisados pela pandemia – este trio conseguiu reunir uma equipa multidisciplinar de 60 pessoas para criar performances em vários espaços da cidade de Lisboa. A ideia foi, desde o início, poder depois trazer a público essas actuações que vão desde a dança ao desenho, literatura, música, teatro, fotografia ou spoken word, mostrando que o projecto “é uma janela que se abre sobre as possibilidades de a arte habitar de forma performativa a cidade, e de se tornar acessível pela democraticidade do online”, pode ler-se no site do LISBOAGORA.
A apresentação do projecto aconteceu esta terça passada, dia 16, numa emissão em directo de quase quatro horas onde é possível ver todas as performances dos artistas participantes. Os conteúdos vão estar disponíveis até 2 de Abril.
Alípio Padilha, Cláudia Semedo, David Soldado, Francisco Vidal, Gil Dionísio, Inês Jacques, José Miguel Conde, Lbc_Soldjah, Leonor Keil, Linda Valadas, Maria Inês Roque, Noiserv, Paulo Bragança, Raquel Lima ou Rui Zink são apenas alguns dos que dão a cara por momentos multidisciplinares em locais da cidade como a Biblioteca Palácio Galveias, Teatro Romano, Jardim do Campo Grande, Hub Criativo do Beato, Casa da América Latina ou Jardim Amália Rodrigues. A folha de sala com todas as informações podem ser consultadas aqui.