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A reabertura progressiva da cultura arranca já na próxima segunda-feira, 15 de Março, iniciando-se com as livrarias, bibliotecas, arquivos e estabelecimentos de comércio de suportes musicais, como estabelece o Plano de Desconfinamento do Governo. O documento, apresentado pelo primeiro-ministro António Costa em declaração ao país, avança uma série de datas para a retoma dos eventos culturais, mas o calendário poderá sofrer alterações se a situação epidemiológica se voltar a descontrolar.
A primeira fase, que se prolonga até depois da Páscoa, prevê ainda restrições gerais de horários: durante o fim-de-semana, as bibliotecas, arquivos e livrarias só podem estar abertas até às 21.00 durante a semana e até às 13.00 durante o fim-de-semana e feriados. A seguir, se tudo correr bem – isto é, se a média de novos casos de infecção a cada 14 dias continuar inferior a 120 por cada 100 mil habitantes, e se o rácio de transmissibilidade (Rt), indicador que espelha o grau de contágio da Covid-19, não for superior a 1 –, o plano passa por reabrir museus, monumentos, palácios, galerias de arte e similares a partir de 5 de Abril. As restrições de horários também se aplicam nestes casos.
Só a 19 de Abril, novamente apenas se a evolução epidemiológica continuar controlada, vão poder reabrir cinemas, teatros, auditórios e demais salas de espectáculo, apontando-se ainda para essa data o regresso dos pequenos “eventos exteriores com diminuição de lotação”. Neste sentido, a programação para as primeiras três semanas do mês, agendada por boa parte dos equipamentos culturais do país, como por exemplo do Teatro Nacional D. Maria II, terá de ser adiada.
A partir de 3 de Maio, voltam a poder realizar-se “grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação”. Mas o plano do Governo não refere explicitamente o regresso dos festivais e valerá a pena recordar que no Verão passado, durante o desconfinamento, foi proibida a realização de grandes eventos culturais, excepto se fosse assegurado o cumprimento de todas as recomendações da Direcção-Geral da Saúde, incluindo a diminuição da lotação.
Nas últimas semanas, dois grandes festivais de música, o NOS Primavera Sound e o Rock in Rio Lisboa, adiaram as suas edições deste ano para 2022. Mas até ao Verão estão ainda agendados vários eventos culturais e festivais de música, como o NOS Alive ou o Super Bock Super Rock.
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