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Quais são os vistos para nómadas digitais mais fáceis da Europa?

Fomos descobrir quão difícil é conseguir um visto de nómada digital na Europa. Portugal não está assim tão bem classificado.

Liv Kelly
Escrito por
Liv Kelly
Contributing Writer
Woman on beach with laptop
Photograph: Shutterstock
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Se está a ler isto, é porque provavelmente está interessado na ideia de trabalhar remotamente a partir da Europa – e não o podemos julgar. O continente está cheio de países interessantes com vistos para nómadas digitais, e muitas cidades europeias têm um custo de vida relativamente baixo. Mas alguns vistos são mais difíceis de obter do que outros. Para o ajudar a decidir, analisámos a oferta actual de vistos europeus para nómadas digitais e classificámo-los dos mais fáceis aos mais difíceis de conseguir.

Para chegar à lista final, fomos descobrir os requisitos de salário mínimo de cada país, como funciona o processo de inscrição, quanto custa o visto e os requisitos específicos para cada destino.

E, afinal, qual o país da Europa onde é mais fácil conseguir um visto para nómada digital? A Roménia, onde o requisito de salário mensal é de 3700€, um valor que é relativamente normal de ser exigido e representa três vezes a média nacional. No entanto, foi a facilidade do processo de candidatura – fácil, rápido e barato – que lhe conferiu uma boa classificação. Para trabalhar remotamente na Roménia, pode fazer a inscrição online e receber uma resposta em apenas duas semanas.

A Croácia vem em segundo lugar. Para lá trabalhar remotamente é fácil solicitar o visto – pode fazê-lo online ou num consulado – mas existem algumas pequenas taxas a pagar pelo caminho, como o cartão de residência (40€) ou as taxas administrativas (45€). Felizmente, o salário mínimo mensal exigido é relativamente baixo, 2539€, e não há muitos requisitos envolvidos – embora também deva ter acomodação providenciada como parte do processo de inscrição.

A meio da tabela está Espanha, graças a um processo de candidatura simples e uma resposta relativamente rápida. Depois de uma visita à Embaixada de Espanha (não é possível inscrever-se online), pode esperar uma resposta dentro de 15 a 45 dias. O salário mínimo mensal exigido é de apenas 2140€.

Estónia, Hungria, Portugal e Islândia têm processos bastante semelhantes, pelo que a posição que ocupam no ranking está relacionada com os requisitos de salário mínimo. A Hungria exige 2000€ por mês, mas tem uma taxa de inscrição de cerca de 115€, e ainda mais outra se quiser prolongar o visto. Já a Estónia pede rendimentos de, pelo menos, 3500€ por mês, mas tem uma simples taxa de inscrição no valor de 60€. A Islândia, por outro lado, exige rendimentos de 7000€ por mês e uma taxa de inscrição de cerca de 86€. Essa exigência salarial deve-se simplesmente ao custo de vida mais elevado no país, tornando o visto de nómada digital menos acessível.

Em último lugar no ranking, como o país mais difícil de obter um visto de nómada digital, está Chipre. O requisito salarial é de 3500€ por mês, mas precisa de ir realmente até lá para iniciar o processo (o que pode exigir que primeiro tenha de conseguir um visto de turista), o que é chato. Além disso, vai precisar de fornecer uma análise de sangue nova e radiografias ao tórax para provar que não contraiu hepatite B, C, tuberculose ou HIV – não é, definitivamente, país para nómadas digitais com medo de agulhas.

Outros países europeus planeiam introduzir vistos semelhantes em breve, como Andorra, Montenegro e Letónia, mas ainda não foram lançados oficialmente, razão pela qual não estão incluídos no ranking. Depois de três anos de discussões, a Itália assinou, finalmente, a lei para vistos de nómadas digitais, a 22 de Março, e as candidaturas estão abertas desde 4 de Abril deste ano. Como tal, não foi ainda considerado para este ranking. Já a Alemanha também não oferece um visto de nómada digital propriamente dito, mas sim algo chamado “visto de freelancer”.

Os vistos de nómadas digitais da Europa, do mais fácil ao mais difícil de obter:

  1. Roménia
  2. Croácia
  3. Malta
  4. Grécia
  5. Noruega
  6. Espanha
  7. Hungria
  8. Estónia
  9. Portugal
  10. República Checa
  11. Islândia
  12. Chipre

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