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Quase metade dos anfitriões usa dinheiro do Airbnb para pagar casa própria

Em 2022, praticamente duas em cada três noites reservadas através da plataforma de alojamento local foram fora de Lisboa e do Porto.

Rute Barbedo
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Rute Barbedo
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Mariana Valle LimaAlfama
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Quase metade dos anfitriões de espaços anunciados no Airbnb, em Portugal, diz que "o rendimento adicional que ganha com o alojamento é uma ajuda para pagar as suas casas" e metade afirma "utilizar o dinheiro ganho na Airbnb para fazer face às despesas", comunica a empresa dedicada ao alojamento local, recorrendo a dados do último ano. E está a falar sobretudo de Lisboa e do Porto? Nem por isso. Em 2022 (são os dados mais recentes), quase duas em cada três noites reservadas na Airbnb foram fora das duas maiores cidades portuguesas.

A empresa norte-americana a operar desde 2007 destaca, ainda, os 44,2 milhões de euros em impostos cobrados em Lisboa desde 2016, o ano em que firmou o acordo de cobrança fiscal voluntária com a autarquia. No Porto, por sua vez, onde esta política foi implementada dois anos depois, o saldo de impostos gerado até ao final de 2023 foi de 19,1 milhões de euros. Somando as receitas fiscais dos dois municípios, a empresa estima um total de 14,9 milhões de euros "só em 2023, representando um aumento de mais de 10% em relação ao ano anterior", quando, recorde-se, ainda estávamos em pandemia.

Quanto ao pagamento de taxas turísticas na utilização de espaços Airbnb, a organização avança que, desde 2014, "tem vindo a trabalhar com as autoridades de todo o mundo para cobrar e entregar a taxa turística em nome da comunidade Airbnb", estando as cidades de Lisboa e Porto incluídas no processo. 

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