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A primeira a abrir as portas foi a San Pi. A marca de cerâmica de Inês São Pedro vivia no digital há mais de dois anos e queria um espaço para se mostrar ao vivo e a cores, fazendo-se acompanhar de outras peças para a mesa de refeição perfeita. Dias depois, na porta ao lado, foi a vez da Homy, que saltou da loja online dedicada à decoração e ao design para um espaço físico que dá montra às peças criativas e funcionais (quase todas portuguesas) escolhidas a dedo por Margarida Bragança. As novas vizinhas, na Avenida São Pedro, no Monte Estoril, desde Outubro, partilham uma montra onde juntam o melhor das suas casas.
No número 12 C, brilham as cerâmicas orgânicas, minimalistas e em tons neutros da San Pi. Mas não só: Inês quis juntar às suas peças outras para compor uma mesa inteira, sendo possível comprar, por exemplo, os guardanapos da portuguesa Bicla, que usa excedentes e desperdício têxtil para fazer guardanapos, ou as colheres de madeira de um pequeno produtor local da Zambujeira do Mar, na Costa Vicentina. Há ainda uma estante reservada a um artista convidado (aquando da nossa visita tinha peças do artista plástico Caetano de Oliveira) e muitas ideias para dinamizar o espaço.
“Vamos ter uma agenda de workshops – em Dezembro provavelmente vai ser dedicada às mesas de Natal – e eventos, como jantares de mulheres, em que cada uma vem, janta e leva uma peça para casa”, conta Inês São Pedro, que tem sempre a sustentabilidade em mente. “Aqui, misturo o que eu gosto: decoração, comer e sustentabilidade. A importância do consumo consciente e sustentável fez com que eu andasse mais de um ano à procura de fábricas para fazer a produção. O nosso packaging também tem zero plástico – e até pedimos aos clientes para trazerem plástico que têm em casa para haver reutilização.”
No 12 B mora a Homy, uma marca que nasceu há quase uma década, mas que nunca tinha tido casa própria: primeiro produzia conteúdos digitais relacionados com tendências de decoração, designers e artesãos, depois evoluiu para um marketplace agregador de dezenas de marcas portuguesas, como a Musgo, a The Red Wolf ou a mais recente Branca de Neve Home Jungle.
“O online é um canal aberto e sempre disponível, mas acredito que o físico é e sempre será (mesmo depois de muitas pandemias), a essência humana. Ter um espaço para receber as pessoas, onde posso contar ao vivo mais e melhor sobre cada peça, sobre a sua produção, os seus autores, aconselhar, é criar uma ponte entre o design e o público, que foi sempre a missão da Homy”, diz Margarida. “Além disso, sempre recebi muitas mensagens com pedidos de aconselhamento sobre onde encontrar determinada peça e sobre o que escolher para determinado espaço, por isso ter um ponto de venda que sirva de resposta a esta necessidade foi também uma prioridade”, acrescenta.
Além de loja, a Homy também terá um espaço de galeria que vai receber rotativamente obras de artistas plásticos. Agora pode encontrar por lá Maria Beatitude, com a série Rascunhos diários em cima do mais ansiado.
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