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Robert De Niro vai tentar salvar os Estados Unidos

O actor é o grande protagonista de um thriller político da Netflix em que os EUA são alvo de um ataque informático em larga escala. ‘Dia Zero’ estreia a 20 de Fevereiro.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
ZERO DAY
©Cortesia Netflix | 'Dia Zero'
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Os Estados Unidos da América (EUA) são alvo de um ataque informático que afecta os sistemas em todo o país. As notícias anunciam as implicações: 3402 mortos na sequência de vários desastres, do descarrilamento de comboios a acidentes aéreos. E nos telemóveis aparece uma mensagem que não augura nada de bom: “isto vai acontecer outra vez”. O terror está instalado e o Congresso norte-americano autoriza a criação da Comissão do Dia Zero, liderada pelo antigo Presidente da República George Mullen, que fica responsável por perseguir quem ajudou ou encorajou o ataque. Mas o pânico das autoridades acaba por pôr em causa as liberdades civis e os cidadãos não vão ficar a ver o comboio passar. Dia Zero é uma minissérie com um elenco invejável e Robert De Niro à cabeça. Estreia a 20 de Fevereiro, na Netflix.

Se juntamos os nomes do elenco de Dia Zero, somamos 14 nomeações aos Óscares e duas vitórias, considerando Jesse Plemons (O Poder do Cão), Angela Bassett (Black Panther: Wakanda Para Sempre, What's Love Got To Do With It) e Joan Allen (O Jogo do Poder, As Bruxas de Salém, Nixon). Acrescentando Robert De Niro, um dos gigantes de Hollywood, somamos mais sete nomeações e duas vitórias (Touro Enraivecido, O Padrinho – Parte 2). A estes nomes juntam-se outros pesos pesados, do cinema e da televisão, como Matthew Modine (Stranger Things), Lizzy Caplan (Fleishman em Apuros), Gaby Hoffmann (Eric), Dan Stevens (Downton Abbey) ou Connie Britton (White Lotus). Poucas produções para televisão rivalizam com o elenco de Dia Zero, a mais recente aposta da Netflix e uma minissérie que promete dar que pensar. “A série faz as perguntas em que toda a gente pensa: como encontramos a verdade num mundo em crise, que parece estar a ser separado por forças fora do nosso controlo? E numa era repleta de teorias da conspiração e subterfúgio, quais dessas forças são responsabilidade nossa ou mesmo da nossa imaginação?”. Assim se desenha uma sinopse cheia de perguntas que deverão ser respondidas ao longo dos seis episódios de Dia Zero.

ZERO DAY
©Cortesia Jojo Whilden/NetflixAngela Bassett, no papel da presidente Evelyn Mitchell

Apesar de a Netflix vender esta como a primeira participação de Robert de Niro numa série de televisão, lembramos que esta contratação de peso acontece um ano após o actor ter entrado na série argentina chamada Nada (Disney+), com o seu amigo Luis Brandoni. Em Dia Zero, De Niro é George Mullen, um popular ex-Presidente dos EUA e uma personalidade complexa que sai da reforma para liderar a Comissão do Dia Zero, uma entidade sem precedentes, composta por especialistas encarregados de investigar o devastador ciberataque. O convite parte da actual Presidente, Evelyn Mitchell (Basset), personagem descrita pela Netflix como uma “brilhante e perspicaz estratega” que passa a batata quente ao seu antecessor, arriscando transformar a actual sociedade num estado policial e pôr em cheque a reputação de Mullen.

Citado pela Netflix, o co-criador Eric Newman (Griselda) sublinha que, neste enredo, o ataque informático “ameaça empurrar uma nação já à beira do colapso para o abismo”, enquanto que o seu parceiro de criação Noah Oppenheim (Jackie) explica que a série também acaba por explorar “o custo do poder para os que são chamados a enfrentar estes desafios gigantescos”, descrevendo a produção como um “thriller inspirado na realidade”.

Oppenheim é um dos argumentistas, ao lado de Jonathan Glickman (Wednesday) e Michael S. Schmidt, escritor e jornalista vencedor de dois Prémios Pulitzer. Um como parte de uma equipa que fez a cobertura das investigações a Donald Trump, e o outro, também partilhado com um grupo de jornalistas, por histórias que revelaram uma série de acordos relacionados com assédio sexual que levaram à demissão de Bill O’Reilly da Fox News. “As histórias que o faziam perder o sono”, palavras de Oppenheim, foram um dos pontos de partida para a criação da série.

A nomeada para o Óscar – faltava este na lista supramencionada – Lesli Linka Glatter (Tales of Meeting and Parting) realizou todos os seis episódios. E, além de protagonista, Robert De Niro é também um dos produtores executivos de Dia Zero, tornando-se um parceiro “muito envolvido” em todo o processo e “atento a todos os detalhes”, revela Newman. E acrescenta: “Como um fã de cinema norte-americano desde sempre, para mim nenhum actor tem uma presença maior do que Robert De Niro. Tê-lo como parceiro de produção e protagonista desta série é algo que nunca ousámos sequer sonhar”. Dia Zero parece ter, portanto, os ingredientes certos. Só resta saber se a receita foi bem cozinhada.

Netflix. Estreia a 20 de Fevereiro

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