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A Sala Azul do Palácio Nacional da Ajuda, o único palácio real em Lisboa que hoje é um museu, foi alvo de uma profunda intervenção de conservação e restauro, num investimento total de 87.288,08€, que permitiu retomar a configuração de 1865, segundo uma aguarela de 1889, da autoria de Enrique Casanova. A reabertura ao público está marcada para esta terça-feira, 26 de Outubro.
Promovida pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), que proporcionou a aquisição de sedas e o restauro e instalação de iluminação no lustre e apliques, a intervenção realizou-se com o apoio mecenático da Fundação Fonte, que financiou a conservação e restauro de mobiliário, bem como a confecção de novos materiais.
“Inicialmente não existia uma sala de estar para todos os membros da família real no Paço da Ajuda. Após o rei D. Luís e a rainha D. Maria Pia passarem a habitar este espaço tornou-se indispensável a criação de um espaço de feição familiar localizado no piso térreo, de modo a proporcionar maior comodidade aos monarcas”, lê-se em comunicado da DGPC sobre a Sala Azul, que foi construída ao gosto da rainha D. Maria Pia entre 1863 e 1865, pelo arquitecto da Casa Real Joaquim Possidónio Narciso da Silva.
Como era comum na época, o revestimento das paredes foi feito em seda azul, inspirando o nome da sala. “Íntima, nela se viveram momentos animados, que contaram muitas vezes com a presença de comediantes, cantores e prestidigitadores, convidados a vir ao Paço exibir a sua arte”, afirma-se na mesma nota. “Os serões eram passados com jogos de cartas, xadrez, leitura, ou apenas em conversa junto à lareira nas noites frias de Inverno, num ambiente informal, distante das rígidas regras de etiqueta de corte.”
Palácio Nacional da Ajuda, Largo da Ajuda. Seg-Qua e Sex-Dom e feriados 10.00-18.00. 5€ (Grátis aos domingos e feriados para residentes em Portugal).
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