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Santos é palco de uma Festa Estranha e solidária para todos

Raquel Dias da Silva
Jornalista, Time Out Lisboa
Igreja de Santos-o-Velho
Fotografia: Vítor Oliveira/Flickr
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Quando um bando de desconhecidos se junta, nasce uma Festa Estranha. Que é como quem diz uma desculpa para ir para a rua conviver e conhecer os vizinhos. E isso é o que vai acontecer no Largo de Santos-o-Velho: um evento solidário com música, comércio local e gincanas para toda a família. As receitas angariadas vão servir para oferecer uma carrinha à assistência paroquial do bairro.

A Festa Estranha estreia-se a 16 de Fevereiro, das 09.00 às 20.00, no Largo da Igreja de Santos-o-Velho. Por detrás da ideia, está o dono da Mercearia da Mila, que faz questão de integrar a sua loja na vida do bairro e contribuir para a comunidade local. Com vontade de apoiar a Assistência Paroquial de Santos-o-Velho, Tiago Jorge decidiu convidar os vizinhos a juntar-se a este evento de caridade, que contará com street food, um mercado de trocas e muita música, desde DJ’s sets a um espectáculo de fado.

“Como tenho um negócio na Rua de Santos-o-Velho e sempre acreditei no dever dos negócios darem à comunidade onde estão, apoio frequentemente a Assistência Paroquial de Santos-o-Velho e desta vez quis organizar um evento maior para podermos oferecer-lhes uma carrinha para apoio logístico e domiciliário”, explica à Time Out o comerciante. “Mas tudo o resto tem sido feito em conjunto com outros moradores e comerciantes da zona, que têm doado produtos para venda, prémios para rifas ou mesmo o seu próprio tempo, voluntariando-se para estarem a coordenar as gincanas para as famílias que aparecerem.”

Com entrada livre, o evento contará com venda de artesanato e roupa em segunda-mão, um mercado de trocas, onde será também possível doar peças para caridade, e jogos tradicionais para todos. E, porque não há festa sem música, também haverá DJ’s set durante o dia e um espectáculo de fado às 18.00, com as vozes de Teresa Brum e Peu Madureira, fadista que se tornou conhecido na edição de 2018 do Festival da Canção. Dinis Lavos acompanhará com a guitarra portuguesa e Mário Estorninho com a viola de fado.

“Teremos ainda roulotes de comida, com tacos, hambúrgueres e até onigirazu, aquelas sanduíches de arroz, e uma barraca com outros produtos doados por negócios da zona, como o café da Flor da Selva”, acrescenta Tiago, que às tantas não é capaz de enumerar todos os parceiros. Desde a Central de Cervejas à Embaixada de França, da Anavarro’s Barber Shop ao Fauna e Flora, da La Boulangerie à Pastelaria Lénita, até “o Carlos que trabalha no Senhor Uva” se junta a esta Festa Estranha com leituras de tarot. “É uma paixão que ele tem e nós achámos giríssimo.”

Se entretanto começar a sentir-se com sorte, o melhor é apostar nas rifas. É que os prémios valem mesmo a pena, desde uma aula ou um tapete de yoga no estúdio Baraza, passando por descontos em tatuagens no Arca Tattoo Parlour, até plantas da Limbo. O preço é inversamente proporcional ao número de rifas: quanto maior o número, mais barato fica e mais chances tem de ganhar.

Para mais informações, basta estar atento à página de Facebook desta Festa Estranha, onde estão a ser anunciados os parceiros e as muitas actividades planeadas para este programa de domingo, que é para repetir. “A ideia é que esta seja apenas a primeira de muitas. E que a Festa Estranha seja sempre de todos, para muitos. Hoje estamos a ajudar a Assistência Paroquial de Santos-o-Velho. Para a próxima, quem quiser pega na Festa Estranha e organiza mais uma edição aproveitando a plataforma que já se está aqui a construir”, acrescenta Maria Dominguez, outra moradora da zona, com experiência em organização de eventos. “Os únicos requisitos são que esta seja uma festa inclusiva e com um fim social.”

Largo da Igreja de Santos-o-Velho. Dom 09.00-20.00. Entrada livre.

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