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Uma das mais distintas coreógrafas internacionais vem a Portugal para trabalhar directamente com a Companhia Nacional de Bailado. Apresenta Impromptus, quatro peças para piano de Schubert, a partir desta quarta-feira, no Teatro Camões.
Sasha Waltz é incontornável. Esse é o primeiro ponto que convém entender. Esta bailarina, coreógrafa e líder da companhia berlinense Sasha Waltz & Guests, tal como futura directora artística do Staatsballett Berlin a partir de 2019, a meias com Johannes Ohman, é uma das precursoras da dança alemã e uma das mais importantes figuras da dança europeia. Felizmente que esse brilhantismo, essa insistência nos corpos, no movimento, tem passado por Portugal.
A ex-directora da Schaubühne (direcção partilhada com o essencial encenador Thomas Ostermeier), estrutura incontornável das artes performativas mundiais, esteve cá em Outubro de 2017, no CCB, para apresentar Kreatur, espectáculo que variava entre um corpo em isolamento e um corpo em poder. Agora, com Impromptus, quatro peças para piano de Schubert (que aqui serão tocadas ao vivo, em palco), aponta a flecha para a vulnerabilidade humana e de como essa pode ser tão bela. Aprendamos com a mestre Waltz, ela sabe o que faz.