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Sem carros, Rua da Prata reabre esta sexta-feira

Depois de quase um ano em obras, uma das principais artérias da Baixa Pombalina está de volta, agora reservada a peões, bicicletas e ao eléctrico 15.

Mauro Gonçalves
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Mauro Gonçalves
Editor Executivo, Time Out Lisboa
Rua da Prata
© Câmara Municipal de LisboaRua da Prata
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Esteve 11 meses em obras, tudo para reparar um colector de águas pluviais. A partir desta sexta-feira, findos os trabalhos, a Rua da Prata reabre, mas diferente do que era antes. Interdita ao trânsito automóvel, apenas serão permitidos peões, bicicletas (e trotinetes) e o eléctrico 15, que liga a Praça da Figueira a Algés.

De fora do novo plano ficam as restantes carreiras da Carris, que desde Janeiro deste ano viram a sua circulação alterada por causa das obras. Contam-se, entre elas, os autocarros 711, 732, 736, 759 e 760. A Carris já anunciou, entretanto, a reposição do percurso do 15. O mesmo não se pode dizer dos eléctricos 12 e 25.

A solução de limitar o trânsito nesta rua da Baixa foi anunciada pela Câmara Municipal de Lisboa em Setembro deste ano e suscitou dúvidas por parte Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, bem como de alguns moradores. Deste então que uma petição – assinada por um total de 238 pessoas até à data – deu expressão às "preocupações suscitadas pelo anúncio da intenção de fechar a Rua da Prata ao trânsito, caso tal iniciativa não seja acompanhada de alternativa para o escoamento do tráfego, que não passe pelo desvio de trânsito para a Rua da Madalena, onde as emissões poluentes e o ruído são já insustentáveis."

Com vários dos autocarros (fora os transportes individuais) a circular na Rua da Madalena, em alternativa ao fecho da Rua da Prata, a junta tem assumido a mesma posição. "A Junta de Freguesia considera que esta medida só deveria ser tomada no âmbito de uma redução alargada do trânsito automóvel, através da implantação de uma ZER [Zona de Emissões Reduzidas] e após amplo debate público, e não pode aceitar que não se tenham encontrado soluções de consenso para reduzir drasticamente o tráfego na Rua da Madalena, que ultrapassa actualmente as 6000 viaturas por dia, com uma carga significativa de veículos pesados, o que coloca em causa a segurança ambiental, dos cidadãos e da própria infraestrutura desta artéria", como pode ler-se num comunicado emitido esta quinta-feira.

Apesar da discórdia, a Rua da Prata volta a poder ser percorrida já esta sexta-feira. Está aberta a peões, bicicletas (e trotinetes) e ao eléctrico 15, embora sem bancos públicos, passeio alargado ou ciclovia, como chegou a estar previsto pela Câmara Municipal de Lisboa. Em vez disso, mantém-se as estrada alcatroada na sua largura convencional e parcialmente ocupada com os carris do elétrico.

Notícia actualizada no dia 24 de Novembro, às 15.20.

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