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Setjetting. Lisboa pode estar na rota desta forma de turismo

O turismo do cinema está a crescer e há pelo menos dois mapas interactivos que dão as coordenadas de locais de rodagem por todo o mundo. Se tudo correr bem, Lisboa pode ter um mapa só para si.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Agente Stone
©Robert Viglasky/NetflixRodagem de 'Agente Stone', em Lisboa
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O turismo do cinema está a crescer e há pelo menos dois mapas interactivos que dão as coordenadas de locais de rodagem por todo o mundo. Se tudo correr bem, Lisboa pode ter um mapa só para si.

O termo "setjetting" está ligado a uma nova forma de fazer turismo, que tem ganhado adeptos desde há vários anos, senão décadas: viajar para localizações onde tiveram lugar rodagem de filmes. Mas, mais recentemente, a tendência tem gerado uma série de ferramentas online, úteis para quem acumula os passatempos cinema e viagem.

Uma das plataformas chama-se precisamente SetJetters, oriundas dos Estados Unidos, e é basicamente uma aplicação com um mapa do mundo e ícones espalhados um pouco por todo o lado que marcam onde estão os tesouros. É, no fundo, uma ferramenta colaborativa, em que os utilizadores podem acrescentar pontos de rodagem, acrescentando uma breve descrição da cena do filme que por ali passou, assim como informações adicionais, vídeos e imagens. A título de exemplo, em Lisboa encontramos pins no Arco da Rua Augusta e outro no Beco dos Surradores, relativos ao filme Agente Stone (2023). Um pouco mais acima, a Joalharia Ferreira Marques, no Rossio, marca a passagem da rodagem de 007 – Ao Serviço de Sua Majestade (1969). Dois filmes que têm mais alguns pontos de rodagem recomendados, mas muito embora Lisboa já tenha servido de cenário para muitos filmes, a lista da SetJetters fica-se por aqui, no que à capital portuguesa diz respeito.

Outra ferramenta que nasceu com o mesmo propósito chama-se CineMapper. Não tem app, mas é sim uma plataforma online que funciona mais ou menos da mesma forma que a sua concorrente. Na Rua Augusta, foi marcada a rodagem do filme A Casa dos Espíritos (1993) e nada mais existe nas redondezas, enquanto que o Reino Unido está totalmente coberto por pins recheados de séries e filmes, talvez porque esta é uma empresa britânica. Mas nada impede que um português desate a acrescentar locais de rodagem em qualquer um destes mapas.

A propósito, e porque também é de turismo que estamos a falar, a Time Out quis saber se a Lisboa Film Comission terá planos para criar um mapa cinéfilo, já que uma das muitas funções desta entidade passa por promover Lisboa no mercado internacional. Em resposta, Teresa Loureiro, coordenadora executiva, responde que é mesmo uma possibilidade: “Conhecemos o trabalho desenvolvido por estas plataformas e consideramos interessante o potencial que representam numa lógica cultural e turística para as cidades. Nesse sentido, não rejeitamos a possibilidade de Lisboa vir a ter em conta uma app semelhante”.

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