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‘Shōgun’ é o grande vencedor dos Emmys, ‘The Bear’ só perde para ‘Hacks’

Séries do Disney+ deixam a concorrência (muito) para trás. ‘Baby Reindeer’ fecha o pódio da noite, na terceira posição. Jodie Foster leva o primeiro Emmy para casa.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Hiroyuki Sanada
©Kurt Iswarienko/FXHiroyuki Sanada, em 'Shōgun'
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Na noite passada, o Peacock Theater, em Los Angeles, voltou a acolher a cerimónia dos Emmys, que todos os anos distingue o que de melhor se faz em televisão. E não é difícil perceber o grande vencedor da noite: a série Shōgun arrecadou 18 estatuetas, um feito se tivermos em conta que a segunda produção mais galardoada foi The Bear, com 11 Emmys. Ambas foram emitidas nos EUA no canal FX, propriedade da Walt Disney Entertainment. Ou seja, em Portugal fazem parte do streaming da Disney+.

Inspirada no romance de James Clavell, que na década de 1980 já tinha merecido uma adaptação televisiva, Shōgun recua ao ano de 1600, altura em que os senhores feudais do Japão lutavam entre si e uma era em que os portugueses eram reis e senhores das trocas comerciais com o país asiático. A série venceu nas principais categorias do género Drama, sendo considerado o Melhor Série Dramática, onde também se destacou o elenco, dos actores principais (Anna Sawai e Hiroyuki Sanada) aos secundários (Tadanobu Asano e Takehiro Hira, as Ishido Kazunari) e actor convidado (Néstor Carbonell).

Jeremy Allen White
©FXJeremy Allen White, em The Bear (T3)

Seguiu-se The Bear, que costuma concorrer na categoria Comédia, o que tem compensado (será que conseguia o mesmo feito a competir com Shōgun?). The Bear venceu em 11 categorias, com destaque para o elenco: Ebon Moss-Bachrach e Liza Colón-Zayas venceram nas categorias de actores secundários, Jeremy Allen White repete a dose no Emmy de Melhor Actor de Comédia (!) e no rol de actores convidados venceram Jon Bernthal e Jamie Lee Curtis. No entanto, foi outra série de comédia a ser considerada a melhor do ano: Hacks, produção com o selo HBO. A série, que explora uma estranha forma de mentoria entre uma lendária comediante e a sua jovem e irreverente argumentista, venceu o seu primeiro Emmy na categoria Melhor Série de Comédia e repete a vitória nas categorias de Argumento para Comédia e Actriz Principal, na pessoa de Jean Smart.

No pódio encontramos ainda Baby Reindeer (Netflix), inspirada na história Richard Gadd, criador da série, protagonista e, segundo o próprio, a real vítima de Fiona Harvey, cujo nome foi alterado para Martha Scott no guião. Uma mulher que no passado o terá perseguido e que agora meteu os papéis em tribunal para processar Gadd. Baby Reindeer, que concorreu como Série Limitada ou Antológica, venceu nas categorias de Melhor Série, Edição, Elenco, Actor Principal (Richard Gadd) e Actriz Secundária (Jessica Gunning).

As séries Ripley (com quatro Emmys), The Crown (3), The Morning Show (3), Bem-Vindos ao Wrexham (3), How I Met Your Father (2) e Mr. & Mrs. Smith (2) também não saíram de mãos a abanar, assim como True Detective: Night County que venceu um Emmy, graças à prestação de Jodie Foster, actriz que tem dois Óscares, três BAFTA e quatro Globos de Ouro no currículo, que assim venceu o seu primeiro Emmy, na categoria de Actriz Principal numa Série Limitada ou de Antologia.

Jodie Foster
©DRJodie Foster, em True Detective: 'Night County'

Consulte a lista completa dos vencedores no site dos Emmys

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