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Paulina Loya e Hugo Orellana trabalharam cinco anos no Pistola y Corazón, a famosa taqueria que foi a estrela do Cais do Sodré nos últimos anos e encerrou por culpa da pandemia. Primos, mexicanos de gema, ela cozinheira, ele responsável de sala, pegaram na trouxa, como quem diz nas receitas, e seguiram o seu caminho – o Paloma Negra é o seu primeiro pop-up de tacos mexicanos e está a acontecer todas as sextas-feiras e sábados no minimalista The Mill, no Poço dos Negros.
O primeiro evento no pós-confinamento foi perto da Graça e os tacos tiveram boa saída. Tanta que o dono do The Mill lhes ligou e fez o convite para ocuparem a cozinha todas as semanas. “Queremos fazer tudo simples. O México é muito grande mas na nossa lista de tacos tentamos abarcar todas as zonas. Temos o Sul, com o conchinita, o Norte, com o de camarão, o al pastor, o mais famoso, do Centro, e o tinga, que se come em todo o lado”, explica Hugo.
O menu é directo, curto. Há então o pastor negro, uma homenagem ao nome do negócio – Paloma Negra é o nome de uma música da mexicana Chavela Vargas –, onde a carne é feita da maneira tradicional mas em vez de ser envolvida na pasta com sementes vermelhas, é feita com chilmole ou recado negro, que lhe confere um tom preto (3€), o conchinita, de porco (3€) ou o camarón ensenada, com a gamba panada com maionese de coentros e um pico de gallo que leva pepino (3,50€). A quarta opção é uma versão vegan do famoso tinga, habitualmente de frango, aqui de cenoura e bem picante (2,50€).
“Queremos crescer e eventualmente acrescentar alguns tacos de temporada, mas não queremos ter um menu muito grande”, explica Hugo, referindo que gosta de ir a cada mesa explicar os ingredientes que leva cada taco, ao invés de ter uma grande explicação no menu, para os apresentar convenientemente. Para dar a possibilidade de ficar logo a conhecer o trabalho da Paloma Negra, têm um combo com os quatro tacos: uma “magic box”, a 11,50€.
Por enquanto as tortilhas ainda são de compra, porque o espaço é pequeno e as máquinas para as fazerem são grandes e pesadas. Mas, a longo prazo, e com um espaço próprio, planeiam pôr as mãos na massa e fazer tudo de raiz.
Para acompanhar os tacos, e porque já se sabe que tudo o que é mexicano é condimentando e precisa de um aliviozinho, há uma margarita (6€) e uma paloma, uma bebida mexicana com tequila, ginger ale, lima e sumo de toranja fresco (8€).
Se precisar de um doce para terminar, Paulina apresenta-lhe a pay de queso, que mistura doce e salgado q.b.
Devido às regras de redução da capacidade dos espaços, o The Mill pode apenas ter 15 pessoas sentadas nas suas mesas em simultâneo. Em breve, e conforme o feedback que forem recebendo, Paulina e Hugo vão ter também caixas para take-away.
Rua do Poço dos Negros, 1 (São Bento). Sex-Sáb 19.00-23.00.