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Em Outubro deverá ser possível voltar ao Teatro Camões, sede nacional da Companhia Nacional de Bailado (CNB), que está encerrado desde Julho passado. As obras de requalificação do teatro arrancaram na segunda-feira, 29 de Janeiro, calculando-se agora um atraso de cerca de cinco meses relativamente à data inicialmente prevista. Enquadradas no Plano de Recuperação e Resiliência e fruto de um investimento de 5,8 milhões de euros, as alterações trarão ao público um espaço mais amplo e com mais luz natural, gerando também melhores condições para os artistas, avançou à agência Lusa Conceição Amaral, presidente da Opart (Organismo de Produção Artística), entidade que gere o espaço.
Havia, ainda, um conjunto de fragilidades estruturais no edifício, como infiltrações em estado avançado, que já não permitiam a realização de espectáculos. O cenário actual é este, conforme relata o jornal Público: "Partes dos tectos do interior do edifício protegidos por plásticos colados com fita adesiva, baldes, vasilhas e bidões dispostos estrategicamente no chão das salas para apanhar a água que cai, o chão deteriorado e vigas de metal enferrujadas são apenas alguns dos sinais visíveis da incapacidade de a estrutura manter uma impermeabilização eficiente." Além de resolver estes problemas, as obras permitirão dotar o espaço de um local específico para os bailarinos descansarem entre ensaios, que até agora não existia. O mesmo acontecerá em relação aos figurinos e às provas, que poderão ser realizadas num local designado para o efeito, junto ao espaço de trabalho das costureiras.
O atraso na obra deve-se ao facto de "o lançamento do concurso público limitado por prévia qualificação", publicado a 22 de Maio em Diário da República ter ficado "sem provimento dado não ter havido empresa concorrente que cumprisse os requisitos do concurso público". Foi, então, lançado um novo concurso a 19 de Junho, permitindo a empreitada em curso.
Não avançando detalhes, Conceição Amaral indica, por fim, que a reabertura da sala de espectáculos situada no Parque das Nações será marcada por "uma grande produção da CNB".
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