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Teatro Tivoli considerado tesouro pela Academia Europeia de Cinema

Na lista dos 11 novos tesouros da cultura cinematográfica europeia, divulgada esta quarta-feira, há um que fica em Lisboa: o Teatro Tivoli BBVA.

Renata Lima Lobo
Escrito por
Renata Lima Lobo
Jornalista
Teatro Tivoli
©Teatro Tivoli BBVA
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A Academia Europeia de Cinema adicionou mais 11 locais à lista dos Tesouros da Cultura Cinematográfica Europeia. Até agora, apenas um tesouro português tinha chegado à lista: a Ribeira do Porto, cenário de muitas obras de Manoel de Oliveira, como Douro, Faina Fluvial (1931), Aniki-Bobó (1942) e O Porto da Minha Infância (2001). A partir desta quarta-feira, o centenário Teatro Tivoli BBVA, na Avenida da Liberdade, junta-se ao tesouro portuense.

Criada em 2022, a lista dos tesouros passa a ter 60 locais de vários países europeus e é uma das actividades da Academia Europeia de Cinema, concretizada através do seu departamento de Património Cinematográfico, em rede com academias nacionais de cinema, cinematecas e arquivos cinematográficos dedicados ao apoio e à promoção dos clássicos europeus. “Para continuar nesse caminho, gostaríamos de convidar todos a sugerirem locais que a Academia de Cinema Europeu possa considerar como Tesouros da Cultura Cinematográfica Europeia”, desafiou Pascal Edelmann, o chefe do departamento de Património, num texto publicado no site da Academia Europeia de Cinema (onde também é possível consultar a lista completa dos tesouros cinematográficos). Neste caso, a nomeação do Tivoli resultou de uma recomendação da Academia Portuguesa de Cinema.

Teatro Tivoli BBVA
©Teatro Tivoli BBVA

Num comunicado enviado às redacções, Paulo Dias, administrador do Teatro Tivoli BBVA, considera que "é um reconhecimento que dignifica ainda mais" o teatro que "mantém a essência arquitectónica e cultural desde o projecto inicial". Inaugurado a 30 de Novembro de 1924 como Cine-Teatro Tivoli, é um projecto assinado pelo arquitecto Raúl Lino, por encomenda de Frederico Lima Mayer. O primeiro filme exibido foi o mudo Violetas Imperiais, de Henry Roussel, então acompanhado ao vivo por sexteto liderado pelo violonista brasileiro Nicolino Milano. O teatro é propriedade da UAU Produtora desde 2011 e em 2015 recebeu a classificação de Monumento de Interesse Público.

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