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Celebrar os livros como resistência. É o desafio das Noites dos Livros Censurados, que o Plano Nacional de Leitura, em parceria com a APEL, promove de 22 a 28 de Abril. Aos bares, centros culturais, associações, livrarias, bibliotecas, institutos, teatros e a quem mais tenha espaço e vontade, lança o repto: os primeiros 50 a manifestarem interesse em fazer acontecer, recebem uma pequena colecção de livros.
“Na semana das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, queremos lembrar autores que foram e continuam a ser censurados ou banidos”, lê-se em comunicado, assinado pela comissária do Plano Nacional de Leitura (PNL), Regina dos Santos Duarte.
A ideia é assinalar o papel que a literatura tem desempenhado no desafio aos regimes, ao longo de séculos, e levar a leitura a cenários informais, para lembrar que os livros não devem nem ser venerados nem fechados em armários. “Os livros fizeram parte da revolução, fazem parte das nossas vidas como sociedade e do nosso crescimento. Recusamos a censura na literatura, em qualquer forma ou sob pretexto algum.”
Quem tenha um espaço e queira organizar noites de leitura, entre os dias 22 e 28 de Abril, só precisa de manifestar a intenção de participar, com indicação de local e data. Além de oferecer uma colecção de livros às primeiras 50 inscritas num formulário aberto até 5 de Abril, o PNL irá disponibilizar um kit para apoiar a realização de noites de leitura, com listas de livros censurados, sugestões de organização e cartaz.
“Queremos ler alto, a várias vozes, com holofotes ou lua nova, as palavras em liberdade! Queremos celebrar os livros que não deixamos arder, os livros que escondemos, os livros que passamos clandestinamente e que continuamos a ler. Festejamos meio século da revolução de Abril com um convite: juntemo-nos nas Noites dos Livros Censurados.”
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