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The Best Chef Awards: Portugal tem 13 chefs no topo da gastronomia mundial

Aos três nomes distinguidos em 2023 – José Avillez, Hans Neuner e João Oliveira –, juntam-se mais dez chefs. Marlene Vieira, Pedro Pena Bastos e Henrique Sá Pessoa estão entre os premiados deste ano.

Cláudia Lima Carvalho
Editora de Comer & Beber, Time Out Lisboa
José Avillez
Mariana Valle Lima
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No ano em que os prémios internacionais mudaram o sistema de votação para eliminar o ranking que apontava os 100 melhores chefs do mundo, Portugal saiu a ganhar, reflexo também do momento que a gastronomia nacional atravessa. José Avillez (duas estrelas no Belcanto, uma no Encanto e outra na Tasca, no Dubai) e Hans Neuner (duas estrelas no Ocean) conquistaram a distinção máxima de três facas. Houve ainda mais 11 chefs distinguidos, de Marlene Vieira (Zunzum e Marlene,) a Vítor Matos (duas estrelas no Antiqvvm e uma no 2 Monkeys). Rasmus Munk, do Alquemist, duas estrelas em Copenhaga, é o melhor chef do mundo. 

Se desde que foram criados em 2015 pela neurocientista polaca Joanna Slusarczyk e pelo gastrónomo italiano Cristian Gadu que os The Best Chef Awards apontavam os 100 melhores chefs do mundo, este ano a organização decidiu mudar a forma de votação e de apresentação dos premiados com o intuito de oferecer uma visão mais abrangente e inclusiva da excelência culinária. O ranking deixou de existir para passarem a ser atribuídas uma, duas e três facas, consoante o nível de excelência do chef, mantendo-se, ainda assim, o pódio para os três nomes mais votados. O dinamarquês Rasmus Munk, elogiado por ter transformado o momento do jantar com as suas experiências imersivas e os pratos que pretendem levar o cliente à reflexão, ficou à frente do espanhol Albert Adrià (Enigma, Barcelona), em segundo. O pódio encerrou com o também dinamarquês Eric Vildgaard (Jordnær, Gentofte). 

Rasmus Munk
DRRasmus Munk

Foi nas novas facas que Portugal ganhou terreno. Com uma faca, entre os 160 chefs anunciados estão Carlos Albuquerque Teixeira, chef do Esporão (uma estrela Michelin e uma estrela verde), em Reguengos de Monsaraz, Dieter Koschina, que detém duas estrelas no algarvio Vila Joya, Rui Paula (duas estrelas na Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira) e o neozelandês George McLeod, que abriu em Lisboa o restaurante Sem, ao lado de Lara Espírito Santo. Os acima mencionados Marlene Vieira e Vítor Matos também conquistaram uma faca. 

Já com duas facas estão, entre os 177 chefs premiados, Ricardo Costa (duas estrelas no The Yeatman, em Vila Nova de Gaia), Vasco Coelho Santos (uma estrela no Euskalduna, no Porto), João Oliveira (uma estrela no Vista, em Portimão), Pedo Pena Bastos (uma estrela no Cura, em Lisboa) e Henrique Sá Pessoa (duas estrelas no Alma, em Lisboa). 

No nível máximo, só mesmo Avillez e Neuner se destacaram entre os 97 revelados. Vale a pena recordar, no entanto, que em relação ao ano passado, quando ainda havia um ranking, Portugal ganhou uma maior representação este ano. Em 2023, só os chefs do Belcanto e do Ocean, a par de João Oliveira, é que surgiam referenciados. Os números são não só um reflexo da transformação nos prémios como do crescimento e reconhecimento cada vez maior do trabalho que é feito na gastronomia em Portugal.  

À semelhança do que acontece nos The World's 50 Best Restaurants, grande concorrente do Guia Michelin, também nos The Best Chef Awards o júri permanece anónimo, mas inclui, além dos chefs nomeados, que não podem votar em si mesmos, jornalistas, críticos, fotógrafos e personalidades ligadas ao meio gastronómico. Durante a cerimónia, que aconteceu esta quarta-feira no Dubai, foi revelado que a base de votantes expandiu nesta edição. De 350 pessoas a votar, os prémios passaram a contar com 568. 

Segundo a nova denominação, as três facas apontam os melhores (entre os melhores), ou em termos práticos, aqueles que somem 80% ou mais da pontuação máxima. As duas facas (classe mundial) reúnem os chefs que conseguiram 40% ou mais da pontuação, enquanto com uma faca estão os nomes com 20% ou mais. 

Ao longo da gala, que durou cerca de duas horas, houve espaço para alguns prémios especiais, como “Melhor (R)Evolução” para Albert Adrià ou “Melhor Arte Culinária” para Julien Royer, Odette (Singapura). René Frank, Coda (Alemanha), conquistou o título de melhor chef de pastelaria e Vaughan Mabee, chef Amisfield (Nova Zelândia), tem a “Melhor Experiência Gastronómica”. O prémio de “Melhor Criatividade” foi para Paco Méndez, do Come Restaurant (Espanha), e o de “Melhor Ciência” foi entregue Ángel León, Aponiente (Espanha). A eslovena Ana Roš, com três estrelas no Hisa Franko (Eslovénia), ganhou o prémio entregue pela votação apenas dos profissionais. 

A lista completa dos premiados – 550 no total – pode ser consultada online.

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