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The Dog: os cachorrinhos à moda do Porto chegaram a Lisboa

Um dos clássicos gastronómicos do Porto chegou a Lisboa. Sentámo-nos ao balcão do The Dog, nas Avenidas Novas, e pedimos um fino e um cachorrinho.

Escrito por
Inês Garcia
The Dog
Gabriell Vieira
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Finos, príncipes, cachorrinhos. A terminologia clássica para os portuenses pode não ser familiar para muitos alfacinhas, mas é coisa para mudar com a nova casa da Avenida Marquês de Tomar, em Lisboa: o The Dog, especialista em cachorros e pregos, abriu para nos teletransportar para o Porto num instantinho. 

Quem não conhece pode até desconfiar do petisco, mas as baguetes fininhas e pequenas prensadas escondem no interior salsicha e linguiça fresca, queijo derretido e um molho simples pincelado por cima, que o torna tudo guloso e dá um toque q.b picante (3,60€). Deve acompanhar com batata frita caseira, cortada em palitos finos (1,80€) – e o difícil é pedir apenas um. “Num dia bom, no Porto, saem 350 a 400 cachorrinhos por dia”, conta Rui Mota, que abriu a casa na Boavista em 2017 em conjunto com André Rodrigues. Juntos, estreiam-se agora na capital, onde ainda não há nada do género.

The Dog
Gabriell Vieira

No dia da inauguração, os cachorrinhos iam saindo que nem pãezinhos quentes (literalmente), sempre com imperiais, perdão, finos a acompanhar – ou príncipes, com 35cl – para lisboetas que já sabem do que se trata ou amigos do Porto que vieram em excursão. Não fossem os lugares vazios entre casais e pequenos grupos ao balcão e até parecia que a pandemia tinha dado tréguas. “Tinha de ter balcão, era obrigatório. Tenho o espaço pronto há um ano e é muito semelhante ao do Porto. O balcão permite que haja essa proximidade com o cliente, um atendimento familiar”, descreve Rui, que trouxe duas pessoas da equipa do Norte para assegurar que está tudo nos conformes. O balcão senta 19 pessoas, há umas quantas mesas altas e uma esplanada ao fundo com capacidade para mais 30.

The Dog
Gabriell VieiraO famoso cachorrinho

A matéria-prima vem toda do Porto – “era a única maneira de garantir que são iguais”. Apesar de os cachorrinhos serem o prato com mais saída e o que dá nome à casa, a ementa do The Dog tem mais que se lhe diga. “Os meus pais, no Porto, vivem a 100 metros da [cervejaria] Gazela. Eu cresci a comer cachorrinhos mas não queria nem podia comparar-me a eles. Por isso temos os cachorrinhos, sim, mas inovei nos pregos e meti uma PO [uma sandes de presunto e ovo estrelado], que eles não tinham”, adianta.

The Dog
Gabriell VieiraPrego à Hugo

No campeonato dos pregos, feitos com carne da vazia, tem então o simples (4,70€), com queijo ou fiambre (4,90€), misto (5€), o The Dog, com queijo brie, mel e compota de cebola em vinho do Porto (5,50€) ou o prego à Hugo, com queijo, fiambre, ovo e linguiça (6,80€). No prato há prego e pica-pau e a refeição ainda se pode complementar com uma sobremesa do dia. 

The Dog
Gabriell VieiraPrego The Dog

“Lá em cima trabalhamos muito bem almoço e jantar. Aqui acho que o forte vai ser o lanche tardio, com as pessoas que saem do trabalho às 18.00 e não se querem meter no trânsito”, acredita. Ainda assim o horário é ininterrupto, para garantir o petisco a qualquer hora. 

Avenida Marquês de Tomar, 25B (Avenidas Novas). 21 797 0240. Seg-Sáb 12.00-22.30.

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