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Abriu esta semana o The Garden, novo rooftop da cidade. Ignorámos as vertigens e fomos a Santos confirmar que esta vista é única.
Já todos temos uma horta na varanda. Ervas aromáticas e tomateiros que podem servir para a salada ou para os vizinhos coscuvilharem menos. O que os vizinhos – nem nós, nem quase ninguém – tem é uma vista destas sobre o Tejo. “Quando cheguei aqui fiquei rendido, sobretudo pelo enquadramento sobre o rio e não tanto pela colina mais superior de Lisboa, onde estás entre os prédios. O The Garden vem mudar essa lógica, porque aqui consegues ver muita coisa – e vês a bacia do Tejo como ninguém”, afirma Francisco Rafael, um dos sócios e mentores do projecto situado no Edifício Dom Luís (onde também está o café-restaurante e o ginásio Fitness Hut Santos).
Manuel Manso
Depois de 20 anos em Évora – onde tinha discotecas e restaurantes – o empresário, que também tem restaurantes no Algarve, mudou-se para Lisboa há um ano. É desde então que este seu novo bebé, o The Garden, está em gestação. A ideia veio da sua preocupação ambiental, misturada com o gosto em fazer as coisas de forma orgânica: “Se olhares à volta o que vês nos terraços é cimento, é betão. O grande objectivo é conseguirmos fazer crescer plantas e oferecê-las a jardins da cidade”, explica.
Mais: se pensarmos num jardim como um lugar de crescimento de vários organismos, então o The Garden faz ainda mais sentido. “Acreditamos muito no princípio de dividir para somar. O bar é nosso, teremos uma carta de vinte e tal cocktails, cinco de autor e os clássicos. E depois teremos as bowls da Poké House e os tacos do El Clandestino. Conseguimos ter uma oferta de gastronomia cuidada e outra mais de trash food. Uma espécie de street food com mais carinho”, garante.
Manuel Manso
Ao El Clandestino e à Poké House, situados no início do rooftop, junta-se ainda a Palettas, uma nova marca de gelados em pauzinhos com frutos tropicais.
O deck de madeira leva- -nos, por um passadiço que também tem espaço para sentar, ao topo sul do The Garden. Uma zona mais ampla, com espreguiçadeiras, e que deve servir a programação musical da casa, a cargo do director artístico do espaço: Moullinex. E a esse nível “será muito mais afterwork do que noite. A ideia é que a partir das 22.00 a coisa acalme”, avisa Francisco. Por nós tudo bem, sobretudo se estivermos nas mãos do Moullinex. Jardinar, a partir de agora, é nas alturas.
Rua do Instituto Industrial, 7 (Santos). 12.00-02.00.