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O novo restaurante vegan da cidade tem pratos que fazem lembrar outras cozinhas do mundo. Chama-se Green Affair e é para todos.
Quando o projecto do restaurante vegan de Henrique Costa Pereira começou a avançar, uma das primeiras perguntas que lhe fizeram foi se iria servir álcool. A pergunta não tem rasteira, afinal ainda há muitas pessoas que identificam este tipo de cozinha e filosofia de vida a determinada personalidade. O Green Affair, no Saldanha, quer desmistificar tudo isso: aqui há álcool, dos cocktails aos vinhos e cerveja artesanal, e também pratos de cozinha do mundo. A única diferença é que é tudo vegan.
O restaurante é 100% vegetal, nada é de origem animal e a ideia é apresentar pratos inteligentes e com um empratamento apelativo, resume Henrique. À frente da cozinha está Marco Farias e Bruno Martine mas a carta do restaurante é o resultado de um brainstorming com várias pessoas, inclusive do blogger vegan Alho Francês e do próprio Henrique que apesar de não ser vegan, em casa a mulher e os filhos são. A ementa começa com um humus de grão de bico e batata doce (2,95€), servido com pão (o couvert) mas as entradas têm várias propostas diferentes. É aqui que está um ceviche de palmito (4,50€) com o palmito a dar uma textura próxima do peixe e uma aproximação ao leche de tigre tão parecida que “engana”, diz Henrique, que garante que este prato tem o sabor a mar que o prato peruano deve ter. Para começar a refeição há ainda creme de abóbora com calda de laranja e amêndoa tostada (3€), um tártaro de beterraba (4,95€) ou umas coxas de couve-flor panadas com panko e acompanhadas com molho tártaro e agridoce picante (4,95€).
Nos pratos principais, por enquanto há oito já testados e aprovados por vários omnívoros, vegetarianos, veganos ou carnívoros – a ideia é mesmo o restaurante ser para todos e ir trabalhando com a sazonalidade dos produtos. “Nenhuma cozinha é estática mas esta muito menos. É, aliás, uma pressão acrescida porque achamos que temos de provar muito mais”, reconhece o responsável. Há um burger de quinoa e grão em pão de alfarroba com pasta de abacate e maionese de lima, servido com gomos de batata doce e salada (7,25€), um caril katsu com panados de tofu, beringela e abóbora, arroz e salada (7,95€), um cremoso risoto de cogumelos, espargos e tomilho (8,95€) ou uma receita secreta de bife de seitan com molho de pimenta (9,95€). “Fazemos o seitan de raiz”, explica Henrique, num processo que leva muitos ingredientes e demora umas duas horas e meia. Por isso decidiram que seria o tesouro da casa e a própria equipa desconhece a receita – só Henrique e o chef sabem-na do início ao fim.
Nas sobremesas há um cheesecake (sem queijo, claro) de caju, citrinos, tâmaras e nozes (5,25€), um crème brulée de côco com abacaxi assado (3,95€) ou um crumble de maçã e pêra rocha com crème fraiche de tomilho (4,25€).
Depois há então a questão dos cocktails, que existem e estão focados na história e filosofia do restaurante. São quatro no total e com tudo a que tem direito, como o chai colada, com rum, bitters de pimento, leite de coco, abacaxi e especiarias chai (8,25€), a ginginha cup, com gin, ginjinha, água tónica e especiarias (7,95€) e a sangria verde a copo, com gin, vinho branco, lima, agave e manjericão (8,25€). Vinhos e cervejas artesanais completam a lista.
Avenida Duque de Ávila, 32A (Saldanha). Seg-Dom 19.00-23.00.