Notícias

The Legendary Tigerman: “O grande milagre do ‘Femina’ é a sua simplicidade”

Paulo Furtado prefere focar-se no que está para vir do que remoer o passado. Mas isso não o impede de querer celebrar os 15 anos de ‘Femina’. A 2 de Abril no CCB.

Luís Filipe Rodrigues
Escrito por
Luís Filipe Rodrigues
Editor
The Legendary Tigerman (Paulo Furtado)
©DR | The Legendary Tigerman
Publicidade

Paulo Furtado prefere focar-se no presente e no que está para vir do que remoer o passado. Por isso, quando se apercebeu que Femina (2009) estava prestes a fazer 15 anos, em 2024, já era tarde para assinalar a data ao vivo. Comemora-a agora, com um ligeiro atraso. E, a par de concertos no Porto, em Lisboa e em Coimbra, no início de Abril, vai reeditar o álbum, agora num vinil branco, mas o resto fica igual. As mesmas canções, as mesmas mulheres empoderadas, tão terno quanto sedutor, ora gentil e baladeiro, ora tenso e eléctrico – como o melhor rock and roll.

Femina saiu por volta de Setembro ou Outubro de 2009. Porquê festejar os 15 anos agora, e não em 2024? Quanto te apercebeste da efeméride já era tarde?
Não olho muito para trás, de facto, nem tenho feito celebrações deste género nem faço muitas contas aos anos. Quando me apercebi que queria fazer isto, a única possibilidade era fazer no início de 2025, por razões logísticas, e não quis deixar de fazer. Pode ser 15,5?

Pode. O que te levou a querer revisitar estes temas, passados 15,5 anos?
Acho que a grande culpada é a Sara Badalo. Quando ela entrou para a banda, de repente comecei a reinterpretar temas do Femina que não tocava há muitos anos, e isso deu-me pica. Fui ouvir o disco, que não ouvia há muito tempo, gostei do que ouvi, e pensei que queria voltar a este reportório. Foi tão simples quanto isso.

O disco foi feito ao longo de dois ou três anos, com várias pessoas, em diferentes pontos do mundo. Imagino que não vás ter a maior parte dessas mulheres contigo. Mas vais ter alguém?
Acho que o disco levou uns quatro anos, na realidade, com uma falência técnica pelo meio. Vou ter, sim. Do Femina original vou ter a Phoebe Killdeer, a Maria de Medeiros, a Rita Redshoes e a Cláudia Efe. E a Sara Badalo, claro, e também a Helena Coelho, que está a preparar um disco e que acaba de lançar uma canção muito bonita chamada “Summertime Came”, no novo disco do Ray.

Quão diferentes estão a ficar as canções, nos ensaios, tendo em conta até a maneira como o teu som mudou e o facto de agora tocares sempre com banda?
Algumas coisas vão ser mexidas, mas muita coisa vai ficar próxima do que era, no sentido que o grande milagre do Femina é a sua simplicidade e espontaneidade, e isso não se pode perder. Essa inocência de tocar coisas simples, vazias e bonitas. E vai haver espaço para algumas canções que, para mim, apesar de não serem parte do Femina original, pertencem de alguma maneira a esse universo.

Continuas a rever-te nestas músicas?
Fiquei muito feliz. O disco está a envelhecer de um modo muito bonito, e identifico-me muito com ele, tenho muito respeito por aquele processo e pela magia que aconteceu neste álbum. Não mudaria nada. Quer dizer, na realidade, vai mudar a cor do vinil, que será branco. Já disse que vai haver uma edição limitada made in Portugal? 

Ao voltar a estas canções agora, tiveste vontade de tornar a fazer algo parecido?
Tenho sentido sempre alguma vontade, ao longo dos anos, e tenho feito música com convidadas femininas. Mas depois, no momento da verdade, nunca faz muito sentido repetir essa fórmula. Talvez faça sentido fazer algo em que a Sara tenha um lugar de mais destaque, quem sabe, mas nunca repetir um Femina.

Casa da Música (Porto). 1 Abr (Ter). 21.30. 25€; CCB (Lisboa). 2 Abr (Qua). 20.00. 12,50€-35€; Convento de São Francisco (Coimbra). 3 Abr (Qui). 21.30. 12€-25€

📲 O (novo) TOL canal. Siga-nos no Whatsapp

👀 Está sempre a voltar para aquele ex problemático? Nós também: siga-nos no X

Últimas notícias
    Publicidade