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O nome de Tom Morello é indissociável de Rage Against The Machine. Foi com Zack de la Rocha, Tim Commerford e Brad Wilk que o mundo o ficou a conhecer pelo menos desde 1992, quando a banda lançou o disco homónimo, no qual se encontram temas como “Killing in the Name”, “Bullet in the Head” ou “Bombtrack”. No entanto, é sem os companheiros de mais de 30 anos que vai regressar a Portugal, para tocar no Super Bock Super Rock.
A Música no Coração, promotora do festival, anunciou nesta quinta-feira à noite a presença de Tom Morello no Meco. O músico vai actuar no palco principal a 18 de Julho, o mesmo para o qual já estavam confirmados Royal Blood e Måneskin. Coincidência ou não, estes últimos, conjunto de italianos dados ao hard rock que venceu a Eurovisão em 2021, têm no seu mais recente disco, Rush! (2023), um tema com a colaboração de Morello: “GOSSIP”.
Nos concertos que deu no ano passado, o tema entrava no alinhamento, tal como composições mais recentes que se encontram nos discos colaborativos que tem editado sob a égide The Atlas Underground. Mas também temas do seu outro projecto a solo, chamado The Nightwatchman e com o qual editou quatro álbuns entre 2007 e 2011. E havia ainda no alinhamento covers de Jimi Hendrix, Bruce Springsteen, John Lennon ou Víctor Jara. Não era tudo.
O que os fãs queriam ouvir eram canções de Rage Against The Machine e Audioslave, sendo a segunda uma variação da primeira (mantinha o trio de instrumentistas, mas o rap de Zack de la Rocha dava lugar à super voz de Chris Cornell). Morello fazia-lhes a vontade: além de “Killing In The Name” e “Like a Stone”, incontornáveis, tinha dois medleys; um com “Bombtrack”, “Know Your Enemy”, “Bulls on Parade”, “Guerilla Radio”, “Sleep Now in the Fire” e “Cochise”, outro com “Testify”, “Ghetto Blaster”, “Half Man Half Beast”, “Born of a Broken Man”, “Freedom” e “Snake-charmer”.
É isso que vamos ouvir?
O alinhamento do Meco ainda é desconhecido. Para já, tudo o que é certo é o som característico de Tom Morello – muitos pedais e processadores a modelar o som da guitarra, muito feedback e tapping q.b. –, é o activismo político que nunca deixa de lado e é o facto de viajar na ressaca de mais um fim dos Rage Against The Machine (vão no terceiro), anunciado por Brad Wilk no início deste ano sem nenhuma pompa nem circunstância.
O Super Bock Super Rock acontece ao longo de três dias, de 18 a 20 de Julho, na Herdade do Cabeço da Flauta. Além dos três nomes já referidos para o dia de abertura, só há mais um inscrito no cartaz: 21 Savage, a 19. Os bilhetes custam entre 72€ e 279€.
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